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sexta-feira 29 de março de 2019 às 07:15h

Empresários se mobilizam para ‘proteger’ reforma

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Diante da série de desentendimentos que colocou em xeque a aprovação da reforma da Previdência e levou o dólar a superar a marca de R$ 4 na manhã desta última quinta-feira (28) empresários e altos executivos se mobilizaram nos últimos dias para conversar com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), na tentativa de pôr a proposta, considerada vital para a retomada do crescimento da economia, de volta ao foco das lideranças em Brasília.

Em movimentos paralelos, empresários próximos a Bolsonaro, a Maia e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, intervieram para buscar que todos passassem a trabalhar na mesma direção. Segundo apurou o Estado, um grupo de 12 executivos e empresários se reuniu com Maia, em um jantar em São Paulo, para reforçar o foco na reforma da Previdência. O deputado disse estar empenhado na aprovação da proposta, mas que depende da articulação do Planalto para angariar votos. Disse que, sozinho, tem no máximo 40 votos.

A reunião teve ainda a participação de Rodrigo Garcia (DEM), vice-governador de São Paulo, e de Alexandre Baldy, ex-ministro da Saúde e atual secretário do governador João Doria (PSDB). Ao longo da semana, em eventos como o jantar oferecido em homenagem à primeira-dama, Michele Bolsonaro, e a reunião entre empresários e o vice-presidente, Hamilton Mourão, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o setor produtivo demonstrou sua tensão sobre a reforma da Previdência.

A articulação se estendeu até esta ontem em movimentos individuais e de pequenos grupos, trabalhando em torno do consenso de que a Previdência precisa ser a prioridade “zero”. Um dos recados repassados por empresários a Bolsonaro e Maia é que o clima de disputa não faz sentido: “Todo mundo que é a favor da reforma da Previdência neste momento deve ser considerado um amigo pelo governo”, disse um empresário. Entre os mais próximos de Bolsonaro, instalou-se clima de impaciência em relação ao presidente da Câmara. Apesar de admitir que o filho do presidente, Carlos Bolsonaro, passou dos limites nas provocações a Maia no Twitter , um empresário disse que a impressão é de que o parlamentar começou a usar os desentendimentos para valorizar seu passe.

Em um dos eventos dessa semana, Bolsonaro externou a insatisfação com o Congresso e disse a um empresário que não quer se render à “velha política”. Outro empresário, que se reuniu em Brasília com o presidente nesta semana, afirmou que a resistência ao velho “toma lá, dá cá” não quer dizer simplesmente fechar o diálogo com os líderes do Congresso. “O presidente tem, sim, a obrigação de conversar com o Congresso, negociar as pautas vitais.” Para Pedro Wongtschowski, presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), não houve movimento organizado do empresariado para discutir a crise. “Há uma preocupação geral do empresariado. De forma individual, eles levaram sua preocupação aos seus interlocutores em Brasília esta semana.”

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