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terça-feira 7 de setembro de 2021 às 12:13h

Em discurso, Bolsonaro sugere a Fux que ‘enquadre’ Alexandre de Moraes

DESTAQUE, JUSTIÇA, NOTÍCIAS


O presidente Jair Bolsonaro, investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de estar com a popularidade em queda, fez ameaças ao Supremo ao discursar para milhares de manifestantes reunidos na Esplanada dos Ministérios. Em sua fala, ele pediu o fim de “prisões políticas” e, sem citar nomes, pediu que o presidente da Corte, Luiz Fux, “enquadre” o ministro Alexandre de Moraes, que tem determinado medidas contra apoiadores de Bolsonaro no âmbito do inquérito das “fakenews”.

O discurso de Bolsonaro não foi transmitido ao vivo, como de costume, aparentemente por conta do mau sinal de internet no local. Mas foi divulgado eu suas redes sociais um vídeo de pouco mais de dois minutos, com os ataques voltados a Moraes.

“Não mais aceitaremos que qualquer autoridade, usando a força do poder, passe por cima da nossa Constituição. Não mais aceitaremos qualquer medida, ação ou sentença que venha de fora das quatro linhas da Constituição. Não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica, da região dos três Poderes, continue barbarizando a nossa população”, disse Bolsonaro.

“Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil. Ou o chefe desse Poder enquadra o seu, ou esse Poder pode sofrer aquilo que nós não queremos, porque nós valorizamos, reconhecemos e sabemos o valor de cada Poder da República. Nós todos, aqui da Praça dos Três Poderes, juramos respeitar a nossa Constituição. Quem age fora dela se enquadra ou pede para sair.”

Bolsonaro disse que as manifestações em seu favor são um “ultimato para todos os que estão na Praça dos Três Poderes” e voltou a falar em “ruptura”. Diante de milhares de manifestantes na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro centrou fogo no ministro Alexandre de Moraes.

Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, e aparentemente se referindo a Moraes, ele afirmou que o ministro “perdeu as condições mínimas de continuar dentro daquele tribunal”.

“Nós todos aqui, sem exceção, somos aqueles que dirão para onde o Brasil deverá ir”, afirmou. “É isso [Ordem e Progresso] que queremos; não queremos ruptura, não queremos brigar com Poder nenhum. Mas não podemos admitir que uma pessoa turve a nossa democracia.”

Ao se referir à multidão que o escutava, o presidente afirmou que a paisagem era um “ultimato” e “comunicado” de “para onde devemos ir”.

“Esse retrato que estamos tendo neste dia não é de mim nem de ninguém em cima desse carro de som. Esse retrato é de vocês. É um comunicado, é um ultimato para todos que estão na Praça dos Três Poderes. Inclusive, eu, presidente da República, para onde devemos ir”, disse. “Cada um de nós deve se curvar à nossa Constituição Federal. Nós temos essa obrigação. Se queremos a paz e harmonia, devemos nos curvar à nossa Constituição.”

O presidente disse que discursará na Avenida Paulista às 16 horas de hoje. E que se reunirá amanhã no Conselho da República amanhã com os chefes dos demais Poderes — além de Fux, citou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

“Amanhã, estarei no Conselho da República, juntamente com ministros, juntamente com o presidente da Câmara, do Senado e do STF, com essa fotografia de vocês, mostrar para onde nós todos devemos ir”, afirmou.

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