A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi diagnosticada com “Síndrome da Taquicardia Postural Ortostática”, condição associada à arritmia benigna, e também com diverticulite aguda.
Isso é o que aponta o boletim médico divulgado neste sábado (28) pelo Hospital do Coração (HCor), em São Paulo. O documento é assinado por três médicos, entre eles um cardiologista e um cirurgião geral.
Carla Zambelli está internada na unidade desde quinta-feira (26), ocasião em que deveria ter comparecido a um depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) no processo em que ela é ré por invasão a sistemas do poder Judiciário.
Ainda segundo o HCor, a diverticulite aguda é enquadrada como “não complicada” e está sendo tratada com antibióticos. Essa condição de saúde da deputada, de acordo com os médicos, é preexistente.
O comunicado menciona também que Carla Zambelli responde bem ao tratamento, está estável e deve ter alta nos próximos dias.
Inicialmente, quando Zambelli deu entrada no Hospital do Coração, o boletim médico trazia o quadro de síncope.
Processo no STF
- Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti são réus no STF por, supostamente, terem invadido sistemas da Justiça brasileira.
- Na invasão, segundo a denúncia, a dupla chegou a incluir uma ordem falsa de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes – com assinatura forjada do próprio magistrado.
- Delgatti é réu confesso, mas Zambelli nega participação na fraude. Ambos são réus desde maio por uma decisão unânime da 1ª Turma. Não há prazo para a conclusão do julgamento.
“A Deputada não estará presente, pois nos últimos dias tem feito teste de Looper a fim de diagnosticar a arritmia que tem, e na última madrugada teve mal estar e está internada na rede intensiva coronária do HCor em São Paulo, sem previsão de alta”, informou, na ocasião, o gabinete em nota.
O depoimento de Walter Delgatti também estava previsto para a última quinta. Agora, a previsão é de que os dois réus sejam ouvidos na próxima terça-feira (1º).
O STF ouve depoimentos de testemunhas desde a última segunda (23), como parte da instrução do processo.
A lista inclui auxiliares da deputada e do hacker e servidores do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Como réus, Delgatti e Zambelli têm o direito de ser ouvidos por último.