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sexta-feira 26 de janeiro de 2024 às 10:57h

Declaração após a I Reunião da Comissão Conjunta Guiana-Venezuela

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Realizamos no dia de hoje, aqui no Palácio Itamaraty, a I Reunião da Comissão Conjunta de Chanceleres e Técnicos da República Cooperativa da Guiana e da República Bolivariana da Venezuela. A Comissão Conjunta de Chanceleres foi criada pela Declaração de Argyle para o Diálogo e a Paz entre Guiana e Venezuela, adotada em 14 de dezembro passado em São Vicente e Granadinas. Tem, como objetivo, tratar de questões mutuamente acordadas.

As delegações foram chefiadas pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiana, Hugh Todd, e pelo Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil. A pedido das partes, acompanhei os trabalhos como interlocutor e facilitador principal, ao lado do Embaixador Gareth Bynoe, de São Vicente e Granadinas, país em exercício da Presidência da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Também assistiu ao encontro o Secretário-Geral Adjunto para Assuntos Políticos das Nações Unidas, senhor Miroslav Jenca, representante do Secretário-Geral das Nações Unidas, na condição de observador.

Nas conversas de hoje, Venezuela e Guiana expressaram seu entendimento acerca do compromisso assumido na “Declaração de Argyle para o Diálogo e a Paz”, em particular do mandato conferido à Comissão Conjunta.

Guiana e Venezuela apresentaram suas propostas de agenda para o trabalho da Comissão Conjunta, que ficarão para posterior análise em uma nova reunião que poderá ser realizada também no Brasil. Comprometeram-se, reconhecidas as diferenças de lado a lado, a seguir dialogando com base nos parâmetros estabelecidos pela Declaração de Argyle.

Agradeço a participação dos chanceleres da Venezuela e da Guiana nas conversas de hoje, assim como a presença dos atores regionais, como São Vicente e Granadinas, em representação da CELAC, assim como a ONU, que observou e participou dos trabalhos.

Reafirmo que nossa região tem a vontade política e todos os instrumentos necessários para avançar em seu projeto comum de desenvolvimento social justo, em um ambiente pacífico e solidário.

Ao nos depararmos com as guerras que conflagram diferentes partes do mundo, aprendemos a valorizar ainda mais a nossa cultura latino-americana e caribenha de solução pacífica de controvérsias, base da comunidade de interesses que nos une, em um ambiente livre de tensões geopolíticas de origem extrarregional.

Desejo, portanto, que nossos irmãos da Venezuela e da Guiana continuem a construir a confiança necessária para pensarem num horizonte comum, em que os laços que correspondem a bons vizinhos venham a contribuir para o bem-estar de ambos os povos.

Convido as comunidades regional e internacional a seguir apoiando este processo de diálogo no marco da Declaração de Argyle.

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