Olhando de relance a representação política baiana, Roberto Muniz (PP), que ao lado de Otto Alencar (PSB) e Lídice da Mata (PSB) forma o trio de senadores baianos, parece um estranho no ninho.
Ele é um engenheiro que trabalhava em construtoras guinchado para a política por João Leão. Foi vice em Lauro de Freitas, depois prefeito, secretário de Estado (governo César Borges), deputado estadual e em 2010 pegou o boné, voltou para a vida empresarial, o que aliás, mais se encaixa no perfil dele.
De pára-quedas
Roberto Muniz saiu da política, mas deixou um pezinho lá. Entrou na chapa de Jaques Wagner como suplente do senador Walter Pinheiro. Tocava a vida como presidente executivo da Associação Nacional das Empresas Concessionárias de Água e Esgoto, quando Pinheiro virou secretário e ele desceu de pára-quedas no Senado.
Focou o mandato em fazer projetos. Em seis de abril último, chegou a se despedir com festas e pompas. Não sabia que Pinheiro permaneceria secretário e ele senador. E como Muniz vislumbra o cenário político?
”Da hora que eu assumi até hoje quase nada mudou. Nós temos 30% da população querendo Lula, outros 30% querendo matar Lula e o resto querendo matar os dois lados. É um cenário ruim”, disse Muniz.
No fim do mandato Muniz diz que voltará à vida empresarial. Será?
Por Levi Vasconcelos