A proposta do presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz (PSDB), de transformar o Paço em um museu legislativo repercutiu na sessão ordinária desta terça-feira (11), realizada no Auditório do Centro de Cultura da CMS. O vereador Paulo Magalhães Júnior (União) avaliou como positiva a iniciativa.
A Câmara de Salvador é o órgão legislativo mais antigo do Brasil. Construída em taipa e palha em 13 de junho do ano de 1549, no mesmo período de fundação da cidade, a primeira Câmara legislativa do país e e existente em uma capital brasileira. No mesmo local, já foi abrigado uma cadeia pública, e atualmente ainda funciona como Paço Municipal.
Em entrevista na última segunda-feira (10) à imprensa, Muniz frisou que o Paço é “um prédio histórico e a Câmara não pode funcionar hoje do jeito que está, pois vai trazer um problema maior. Então iremos fazer um trabalho para que possamos pegar a primeira Câmara das capitais para que seja feito ali o Museu Legislativo para que todo povo de Salvador e turistas tenham o conhecimento do trabalho que foi realizado na época de fundação até o momento”.
Uma parte do Paço Municipal foi atingida por um incêndio no último dia 24.
Muniz terá uma reunião, na próxima quinta-feira (13), com a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, para avaliar possíveis mudanças estruturais no imóvel. E também terá um encontro com o prefeito Bruno Reis, que terá como pauta a possibilidade de instalação da Casa no Cine Excelsior, na Praça da Sé.

Setores administrativos da Câmara Municipal de Salvador e os gabinetes dos vereadores funcionam em outros prédios no Centro. E as sessões estão sendo realizadas no Auditório do Centro de Cultura da Casa.
Ainda na sessão ordinária desta terça-feira, Paulo Magalhães Júnior abordou a necessidade de “termos um plenário à altura deste Parlamento”. E também destacou a importância do Paço.

Já a vereadora Eliete Paraguassu (PSOL) abordou a importância de “manter a Câmara Municipal de Salvador no Centro. E abordou a simbologia do Paço. “Um espaço importante da história e da resistência do povo de Salvador”, frisou.