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quinta-feira 29 de dezembro de 2022 às 06:21h

Bruno Reis destaca ações sociais e quer fazer ainda mais pela cidade em 2023; confira

DESTAQUE, NOTÍCIAS, POLÍTICA


O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), afirmou em entrevista ao Tribuna da Bahia, que se sente realizado com seus dois primeiros anos de gestão. Nesta entrevista, o gestor fala sobre os últimos projetos implementados, as marcas atingidas na primeira metade do mandato e os investimentos para 2023 e 2024.  As informações são de Paulo Roberto Sampaio, Guilherme Reis e Rodrigo Daniel Silva, do jornal Tribuna.

Tribuna – Prefeito, o senhor assumiu conhecendo a marca e os problemas da cidade. Algo lhe surpreendeu? 

Bruno Reis – Eu não imaginava que assumiria a prefeitura enfrentando um cenário de crise. Poderia estar aqui depois de dois anos como prefeito com milhares de justificativas para que os projetos, as obras, as ações não tivessem tido continuidade e não tivessem tido novas ideias, novos projetos, novos progressos. Até porque, a pandemia consumiu mais de R$ 1,2 bilhão dos cofres públicos, foi a prioridade seu enfrentamento, como tinha que ser salvar vidas. Mas mesmo nesse cenário de crise, a chegada da guerra, enfrentando um ano de turbulências por conta das eleições, nós demos continuidade a todas as iniciativas que vinham dando certo. Eu não paralisei nem deixei de entregar nenhum programa, nenhuma obra que estava planejada. Além disso, nós conseguimos tirar do papel novos sonhos, fazer novas entregas e tivemos a capacidade de dar as respostas aos problemas que surgem no dia a dia numa cidade tão complexa com quase três milhões de habitantes, mas mesmo nesse cenário nós tivemos a capacidade de planejar Salvador. Hoje nós sabemos aonde queremos chegar, temos aí uma série de ações em curso com prazos, metas e marcos de entrega. Mantivemos a capacidade de fazer  um planejando estratégico da cidade que nos permite ter a certeza que todos os compromissos que nós assumimos, seja a apresentação do nosso plano de governo como candidato, seja depois de outras necessidades que surgiram na cidade com os recursos que nós temos hoje em caixa e com os recursos que estão assegurados as operações em crédito, nós vamos conseguir fazer essas entregar que vão permitir a gente constituir uma cidade muito melhor do que a que nós temos hoje.

Tribuna – O senhor conseguiu inserir seu nome como um dos gestores importantes Salvador. Entre os projetos que o senhor toca hoje, qual que mais o entusiasma, o mais lhe dá prazer? 

Bruno Reis – As obras elas têm a capacidade de mudar a cidade e quando a gente muda a cidade a gente muda a vida das pessoas. Quando a gente faz uma reflexão e lembra do primeiro passo que é a decisão de elaborar o projeto, depois da aprovação do projeto, contratação para execução da obra, depois da sua construção. E sempre a gente diz que as obras causam transtornos durante a sua execução, mas também os benefícios ficam para a eternidade, não tenha dúvidas que tudo isso é muito desafiador e estimulante. Agora a que mais me motiva, os programas que mais me emociono a tirar do papel sem sombras de dúvidas são as obras da educação. Ao longo desses quase dois anos de prefeito, nós inauguramos 14 novas escolas, temos outras quase 30 ou em construção ou em licitação ou a iniciar. Reformamos mais de 230 escolas, vamos iniciar a climatização de 168 escolas, vamos cobrir praticamente todas as quadras, são mais de 80, para possibilitar que os alunos possam ocupar para ter atividades no contraturno. Então, estamos oferecendo uma infraestrutura muito melhor aos nossos alunos, somado a um grande programa de educação geral. Esse ano nós tivemos a capacidade de distribuir oito mil Chromebooks para os professores da nossa rede, 106 mil tabletes para todos os alunos do fundamental 1 e 2 com chips para ter acesso à internet, esses aparelhos têm um ambiente virtual de aprendizagem. Eu tenho certeza de que esses investimentos vão revolucionar a educação em Salvador fazendo com que a gente possa alcançar que é uma dar novas principais metas que é ter uma das melhores educações do Brasil.

Tribuna – Como a pandemia afetou isso? 

Bruno Reis – A pandemia veio para quebrar muitos tabus e para nos ajudar a dar esse passo. Naquela ocasião nós implantamos as videoaulas, conteúdos digitais, contratamos emissoras de TV, professores produziram conteúdo. Nós estamos aproveitando essa estrutura somada a esse novo investimento e outros equipamentos tecnológicos para permitir, inclusive um contraturno, que esses alunos possam ter um reforço escolar em especial de matemática e português. Então temos as aulas regulares de ensino e no contraturno iremos oferecer esses conteúdos, que na prática é um avanço para a educação integral, oferecendo o que há de mais moderno na tecnologia. Sem sombras de dúvidas hoje um dos vários desafios de Salvador é dar um salto na qualidade da educação, lá atrás nós não tínhamos escolas, faltava professores na sala de aula, a merenda não era de boa qualidade, os alunos raramente recebiam o seu kit escolar no início do ano letivo, existiam muitos problemas na educação tanto que era a pior do Brasil. De lá para cá subimos para a décima quinta, fomos a capital que mais cresceu, nós temos a convicção que podemos mais e isso cabe um grande processo, uma mobilização, que passa pelo engajamento, pelo envolvimento da nossa rede que hoje produz conteúdo e material próprio para nossos alunos, participação dos pais, todos que têm um compromisso, um pacto pela educação. E sem sombra de dúvidas aproveitando os recursos que existem da área de tecnologia e educação, por isso nós estamos investindo tanto e temos certeza de que os benefícios virão, a gente podendo oferecer uma educação de qualidade pois não há nada mais importante que a educação para mudar o presente e o futuro da nossa garotada.

Tribuna – Sobre o BRT, em quanto tempo terá 100% concluído o BRT? Quais os próximos estágios dele? 

Bruno Reis – Nós temos o BRT nas três etapas dos sentidos Lapa- Shopping da Bahia e Cidade Jardim. Falta uma última etapa que tem previsão de conclusão até final de 2023, irá atender quase quatorze bairros num universo de 350 mil pessoas passando por um traçado diferente do metrô onde passam sete das dez linhas da cidade. Há uma previsão de implantação do BRT transversais que é saindo da orla pela Pinto de Aguiar, Gal Costa, Pirajá até Lobato. Essas o estado falta executar as estações e passar para a prefeitura executar, como também do trecho Orlando Gomes, 29 de Março, via regional Águas Claras, podendo ser estendido pela BA 528 como o estado Derba até Paripe. Também esse trecho o estado precisa cumprir as estações para que a prefeitura possa operar, todo esse sistema integrado ao metrô, ao sistema convencional de ônibus e complementar, e óbvio outros modais, têm a perspectiva de vir o VLT e outros, todo esse sistema em funcionamento. Nós vamos ter aí o meio de transporte mais eficientes do país.

Tribuna – Esses dois anos de governo estão caminhando como deveria?  

Bruno Reis – Fizemos entregas importantes como o funcionamento do BRT, Mergulhão da Avenida Tancredo Neves, a duplicação da ponte Camurujipe que melhorou muito o acesso à Paralela. Temos diversas obras de mobilidade nos bairros, pelo menos cinco novas vias, nós implantamos na área da educação foram mais de R$ 400 milhões investidos na recuperação e na implantação da nova infraestrutura. Na área da saúde entre novas unidades reformadas foram 10 unidades; na área social requalificamos muitos equipamentos e começamos um processo de construção de unidades modelos, locais padrão, já iniciamos em Valéria e vamos iniciar nos próximos dias no Curralinho. Entregamos o Polo de Economia Criativa, o Museu da Música, equipamentos importantes para nossa estratégia de fortalecimento nesse ponto importante da nossa economia que é o turismo e temos novos projetos em diversas áreas.

Tribuna – Nesses dois primeiros anos, o senhor tem em mente quanto a prefeitura investiu em Salvador? 

Bruno Reis – De investimentos, foram R$ 2,2 bilhões em trechos de obras, com grandes obras, a exemplo os viadutos da Vasco da Gama com Garibaldi, o maior trecho de Orla que é a orla da Boca do rio a Piatã, passando por Patamares em Jaguari, vamos inclusive requalificar toda a orla de Salvador. Temos obras importantes para entregar como o Arquivo da cidade, novo Mercado Modelo, Museu da Misericórdia, Casa de Artes e a Casa de Espetáculo, nós vamos iniciar ainda no mês de janeiro. Temos a construção de novas escolas, de novas unidades de saúde, de obras que vão mudar ainda mais a nossa cidade. Existem outros projetos que nós estamos elaboramos que já temos financiamento aprovado, mas assim que esses projetos forem concluídos nós vamos fazer os anúncios, que são obras importantes inclusive para melhorar a mobilidade de transporte da nossa cidade.  Inclui o Mané Dendê, que é o maior programa de requalificação integrada de áreas precárias da história da cidade e está ali no Subúrbio. Nós entregamos a primeira etapa, tem outras três etapas para ser entregues inclusive, vamos iniciar no mês de janeiro a construção de mais de 700 e 10 unidades residenciais de conjunto habitacional que nós vamos entregar. Além desses, foram mais de 2000 unidades residenciais que nós entregamos nesses primeiros dois anos, lembrando do Nordeste de Amaralina que tem um grande projeto de comunidade que mora em situação precária. Eu já comecei a parte digamos assim urbanística estou preparando um grande projeto residencial. Vai ser a principal obra do nordeste que nós vamos entregar.

Então, vem ainda esse conjunto de ações que está dentro aí do que nós assumimos de compromisso. A maternidade municipal é outro compromisso, nós vamos inaugurar a Casa da Mulher Brasileira, o primeiro hospital público veterinário, já está com construção a escola em parceria com a AMA para atender crianças do espectro autista. São mil crianças que serão atendidas. Estamos passando esse momento 800km de infovias na cidade para permitir colocar o wi-fi gratuito em todas as praças e em todos os prédios públicos. Já somos a cidade mais inteligente do Nordeste e vamos ser a cidade mais inteligente da Bahia.

Tribuna – O senhor falou uma coisa muito interessante na conversa inicial. Foi sobre o orçamento principalmente comparando com outras capitais como o Rio de Janeiro. 

Bruno Reis – Quando nós comparamos seja o PIB de Salvador, a sua arrecadação, o número per capita, dividindo pela sua população, a gente infelizmente chega à conclusão de que ainda Salvador é uma cidade muito pobre. A cidade tem três milhões de habitantes com orçamento previsto para 2023 de R$ 10,3 bilhões, já o Rio de Janeiro que tem 4,5 milhões, portanto 50% a mais da população que nós temos, tem uma previsão orçamentária de R$ 43,9 bilhões. É quatro vezes o orçamento que nós temos para Salvador. Veja aí o tamanho do nosso desafio e de dificuldade, mas graças a Deus hoje nós temos a casa em ordem. Teve um tempo nessa cidade que nós não conseguíamos fazer a coleta do lixo, a cidade estava esburacada, mal iluminada, os serviços públicos não funcionavam e a cidade não tinha nenhuma capacidade de investir. Hoje nós andamos as próprias pernas, conseguimos manter a nossa independência inclusive desses desse orçamento que está previsto para 2023.  Isso nos permite o quê? Assegurar para a população uma boa prestação de serviços públicos, todos funcionando bem, e ter capacidade de fazer investimento de tirar novas obras, novos programas, novos projetos do papel. Não ficamos mais na espera do governo A nem do governo B para resolver nossos problemas, estamos tocando a obra do BRT a segunda etapa com recursos que deveriam ser da União que não estão sendo repassados, nós estamos custando com os cofres da prefeitura.

Tribuna – O trecho do BRT da Boca do Rio a Piatã é a maior obra da história da prefeitura com recursos próprios?  

Bruno Reis – É, é o trecho da Boca do Rio até Piatã, passando por Pituaçu, Patamares e Jaguaripe.  Salvador no passado não tinha condição de fazer obra de mais de R$100 milhões de reais com recursos próprios, chegamos a fazer o centro de convenções, foi cento e poucos milhões, mas naquela ocasião nós tivemos que fazer desafetação de terrenos para trocar ativos que não tinham utilidade pública por ativos que traziam o benefício para as pessoas. Então a cidade está bem cuidada, todos os serviços funcionam bem e todos os programas ou nós já temos os recursos já segurados ou as operações de crédito garantem esses recursos para que a gente possa honrar todos os nossos compromissos

Tribuna – O senhor está preparando uma reforma administrativa. Em que pé está? 

Bruno Reis – Estamos com compromisso de trazer os melhores. Mas é natural que depois de dois anos todo o governo possa ter alguns ajustes, eu comecei as conversas com as pessoas tentando trazer nomes que possam elevar ainda mais a qualidade da nossa gestão, conversando com meu grupo, mas o que vai determinar essa lógica e as possíveis e eventuais mudanças que eu venha a fazer, não será a lógica política. Não vai prevalecer outro critério que não identificar os melhores nomes para estarem à frente de posições estratégicas.

Tribuna – Qual a relação que o senhor espera ter com o novo governador do Estado Jerônimo Rodrigues?  

Bruno Reis – Eu tenho a melhor relação com todos os políticos do nosso Estado, lembro que fui deputado de oposição dos mais atuantes e nunca tive o perfil de realizar ataques políticos e pessoais. Sempre fiz a oposição no mais elevado nível, irei procurar o governador eleito, temos problemas na cidade que são desafios em comum. Da minha parte, terei toda a disposição de contribuir e ajudar para resolvermos esses problemas. Desejo boa sorte ao novo governo, ter condições de enfrentar problemas que existem e estarei inteiramente à disposição para contribuir mesmo naquelas atribuições que não são diretamente da prefeitura, a exemplo da segurança pública. Então, Jerônimo vai ter oportunidades, ele é aliado ao governo federal e terá condições de tirar do papel projetos importantes para o estado e consequentemente são projetos importantes para nossa cidade.

Tribuna – O seu partido também vai participar do governo Lula? Como que fica o senhor politicamente se em um determinando momento for feita uma crítica ao presidente Lula?  

Bruno Reis – Ainda não está decidido se o partido irá participar e como irá participar. Algo que nós sempre preservamos nesses últimos 10 anos foi a liberdade, independência de quem seja presidente. E independente de fazer parte do governo ou não. De um lado foi de votar, apoiar, e aplaudir todos os projetos que fossem importantes para o país, como também se posicionar de forma crítica, discordando do que eventualmente não somar, não são projetos bons para o país, para o estado para nossa cidade. Então, seja qualquer posição o partido venha adotar essa liberdade de poder se posicionar nós iremos preservar, esse é o nosso compromisso com o cidadão da nossa cidade.

Tribuna – O senhor hoje tem maioria na Câmara de Vereadores? 

Bruno Reis – Sim, nós temos, seja nos partidos que nos deram suporte naquela vitória de 2020, como outros parceiros que vieram se alinhar ao nosso projeto. Nós temos hoje uma ampla maioria na Câmara, são mais de ⅔ de Vereadores. Então isso nos permite ter a confiança de que a Câmara Municipal, que nesses últimos anos contribuiu de forma decisiva para aprovar todas as matérias que nós encaminhamos. Dando a sua contribuição aperfeiçoando, melhorando, mantendo a independência, mas sempre buscando harmonia que é fundamental para que a cidade possa se desenvolver ainda mais.  Com este espírito eu espero dos anos de 2023 e 2024 contar com a Câmara para que a gente de mãos dadas possa construir uma cidade cada vez melhor.

Tribuna – O episódio da ruptura política com presidente da Câmara, Geraldo Júnior que sempre foi um aliado político da prefeitura, trouxe algum prejuízo? 

Bruno Reis – Não trouxe nenhum prejuízo, todas as matérias que nós encaminhamos para o Legislativo desse ano agora ao final foram aprovadas, garantidas conquistas que nós alcançamos. O presidente Geraldo Júnior tomou a decisão de fazer essa mudança política, natural, cada um tem seus rumos, seus projetos, e ele resolveu seguir esse novo caminho. Também desejo sorte a ele, espero que agora na função de vice-governador ele possa ajudar ainda mais a nossa cidade, possa contribuir viabilizando recursos e investimentos do estado da nossa cidade. Também desejo muita sorte a ele nesse novo desafio. E tenho certeza, pelo compromisso que ele tem com a cidade e os nossos vereadores, eles vão torcer e vão trabalhar para que a cidade possa avançar ainda muito mais.

Tribuna – Em relação ao ex-prefeito ACM Neto, que avaliação o senhor faz digamos da derrota dele? 

Bruno Reis – Toda campanha. ainda mais nessa que começou muito cedo. sempre tem erros e acertos, mas sejam quais foram os erros, eles não alteraram em nada o resultado. Neto disputou uma eleição que diferente da municipal, ela é em conjunto com eleição nacional. Nós não tínhamos um candidato a presidente, diferente dos nossos adversários, e acabou que a eleição nacional foi decisiva aqui na Bahia, influenciando no resultado do nosso Estado. Então, o mesmo número casado, a força do presidente eleito na Bahia, com quase 73% dos votos, acabou desequilibrando a eleição.

Tribuna – Essa vitória esmagadora que ACM Neto teve em Salvador, o senhor atribui ao quê? 

Bruno Reis – O soteropolitano nos últimos anos chegou à conclusão de que essa boa disputa entre prefeitura e o estado traz benefícios para a cidade, um prefeito trabalhando muito forte, força o governador trabalhar muito pela cidade. Queriam que essa boa disputa ocorresse no âmbito estadual, tendo o governador um partido e um presidente de outro. O governador forçando o presidente a trabalhar, e vice-versa. Mas essa realidade não era realidade no estado da Bahia. é um fato. É um reconhecimento, uma gratidão das pessoas ao trabalho que foi realizado, a transformação que Neto fez em Salvador. Aqui as pessoas conheciam muito mais do que em especial nos municípios mais distantes da Bahia. Todos esses cenários contribuíram para que ele tivesse a maior votação de um candidato a governador já teve na história da cidade, mais de 1 milhão de votos, inclusive mais votos do que ele teve na sua reeleição como prefeito, quando eu tive a oportunidade de estar ao seu lado como vice

Tribuna – Como ACM Neto vai se posicionar nos próximos anos? Ele vai ser uma voz mais ativa na oposição? 

Bruno Reis – É natural que se respeite os resultados das urnas e também é natural que tivesse período de quarentena. Apesar de na última semana, diante dos últimos fatos, o aumento do reajuste de quase 50% do governador, e ICMS de 19%. Isso acabou levando-o a quebrar essa quarentena e a se posicionar. Afinal de contas, quase 48% dos baianos, mais de 4 milhões de cidadãos confiaram no seu nome e ele irá fazer uma oposição com responsabilidade. Irá a Brasília, como fez quando era deputado, trabalhando no partido para que os projetos que são bons para o país possam ser aprovados. Como também terá liberdade para fazer as críticas, para se posicionar em especial se manifestando no que ele discordar da condução do destino do estado. Esse foi o papel que as urnas o colocaram e eu tenho certeza de que ele irá fazer como fez muito bem nas posições em que esteve na sua caminhada na vida pública.

Tribuna – Como está a questão do transporte público de Salvador? 

Bruno Reis – Há um problema hoje das grandes cidades, é o maior problema que está colocado sobre a mesa de nós prefeitos, que é questão de transporte público. A pandemia agravou e muito uma crise que já existia, os passageiros transportados caíram muito, consequentemente a receita do sistema. Por outro lado, os custos aumentaram muito por conta da pandemia, só o combustível do último ano chegou a determinado momento a ter um aumento de 131% é um fato. Eu posso falar isso por conhecimento de causa porque já tive dos dois lados da moeda. Estou hoje na condição de poder concedente, mas nesse período como prefeito, eu tive que operar uma empresa de ônibus e depois fazer a execução direta. Então a receita do sistema hoje não cobre mais os custos. Não há outro caminho que não o subsídio nesse ano, uma luta nossa. Nós conseguimos pela primeira vez na história do Brasil que o governo federal desse um apoio ao transporte público, pena que é segurado para o ano de 2022. Vai ser uma das nossas lutas perante o próximo governo, que possa dar um subsídio permanente como ocorre em todos os países do mundo, seja o governo de extrema-direita, de centro, de extrema-esquerda, há um subsídio para o transporte. São enormes os desafios porque nós prefeitos não temos condições para assumir, então sem sombra de dúvidas é um dos principais desafios, reduzindo o déficit habitacional, o déficit de infraestrutura, infelizmente a cidade ainda é marcada por córregos e canais com esgoto que correm a céu aberto, e mesmo sendo responsabilidade da Embasa, eu como prefeito da cidade, tenho executado diversas obras nesse sentido, e não tenho como enfrentar essa questão pela lógica de não ficar aguardando. E mesmo que tenha atribuição, resolva o problema, pensando nas pessoas, até porque para as pessoas o que importa é chegar à solução para o seu problema. O que menos importa é esse ou aquele governo, então esse é um dos graves problemas da cidade. Temos desafios em especial o meu compromisso com a educação, de lá para as primeiras posições, como nós avançamos em todas as áreas que estávamos nas últimas posições. Tem muitos desafios, uma cidade tão complexa como Salvador, quem está ali sentado naquela cadeira e rodando todos os dias essa cidade como eu rodo, sabe que temos muitos desafios a enfrentar. E aí peço nesse momento de final de ano a Deus sabedoria, para tomar decisões mais acertadas, para que a gente possa ter uma cidade cada vez melhor, uma cidade que nos orgulhe, faça nosso coração bater mais forte, nossos olhos brilharem ao falar dela. Ter oportunidade de aqui viver, da gente morar e criar nossos filhos.

Tribuna – A oposição se apressou em falar já em eleição municipal. Qual a sua expectativa com relação à reeleição? 

Bruno Reis – Eu tenho dito que nós acabamos de sair de manhã eleição das eleições mais disputadas da história da Bahia, a Bahia teve um segundo turno. As pessoas para quem eu governo, com as quais converso nas ruas todos os dias para dos seus problemas, os mais diversos, não estão preocupadas com eleição. Agora é hora de tirar os projetos do papel, fazer as entregas dar resultado ao administrativo. A gente sempre coloca o trabalho administrativo à frente da política. A eleição é consequência de uma boa avaliação do seu trabalho, ela vem nas ruas. Então para 2024 ainda tem muita água para passar debaixo dessa ponte, muito chão para rodar. Em 2024, nós vamos falar de 24. O que eu quero ser agora é ser um grande perfeito, seguirei dando o meu melhor, vivendo e respirando essa cidade com toda intensidade, como tenho feito durante minha vida em especial nesses últimos dois anos. Praticamente trabalhando de domingo a domingo, praticamente morando na prefeitura, os colaboradores sabem que eu sou servidor que eu fico lá mais tempo diariamente. Tenho procurado dar o meu melhor, tenho certeza de que se for da vontade de Deus, e seja qual for a decisão que a gente tomar em 2024, eu vou poder contar com o apoio da população.

Tribuna – Como está a relação com os servidores? 

Bruno Reis – Eu sei da importância do servidor público ninguém faz nada sozinho esse ano de 2022. Foi meu primeiro ano que eu pude dar o reajuste. Foi dado o reconhecimento dos níveis, nós chegamos a quase 12%. Todo esse investimento de infraestrutura dos prédios públicos, das melhores condições de trabalho, estabelecer a avaliação de desempenho, agora nós vamos avaliar o desempenho e ter condições de conceder os avanços. Tenho um respeito muito grande pelos servidores, até porque minha avó que me criou era servidora pública. A minha madrinha ela sempre foi da vida pública, minha tia era servidora pública. A importância deles para nossa gestão é enorme. Então procurarei ter a melhor relação possível, porque essa forte relação que nós podemos construir é o que tem permitido a cidade melhorar ainda mais.

Tribuna – Como vai ser o verão de Salvador? 

Bruno Reis – Vamos fazer agora a abertura do verão com Festival Virada, que é o maior réveillon do Brasil. Então a maior festa com sistema de fogos, todos os dias, mais o palco, mais uma roda gigante, tirolesa, carrossel, rapel, centro gastronômico, veremos aí as melhores atrações do Brasil e da Bahia se apresentando nesses próximos dias. A cidade lotada. praticamente 100% de ocupação hoteleira. O verão com chegadas de vários cruzeiros, a maior quantidade de cruzeiros da temporada, da história da cidade, novos acentos, novos rumos que vão permitir a chegada de mais visitantes e turistas da nossa cidade. Tudo isso leva a gente a ter uma expectativa muito grande de poder realizar o melhor Carnaval de todos os tempos, tudo isso somado ao desejo das pessoas de participar desta que é maior festa do planeta. Nós vamos apresentar novidades, vamos trazer melhores ideias, um grande carnaval, estou muito animado. Sei da importância para a nossa economia, para gerar emprego, não só nesse período, mas durante todo o ano essa indústria no entretenimento é muito forte na nossa cidade. E aí vamos abrindo o verão com Festival da Virada e vamos fechar o verão com o carnaval, com fé em Deus será o primeiro como prefeito. Ainda não tive até aqui a oportunidade de participar de um carnaval como prefeito. A expectativa é grande e a confiança também e queremos fazer uma grande festa

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