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O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), confirmou em entrevista a Mário Kertész, na rádio Metrópole, que ainda está buscando nomes para compor o secretariado a partir de 2023. “Diferente de Lula e Jerônimo, que tem até o dia 1° de janeiro, eu não tenho prazo, tive quando fui eleito. Vou fazer ajuste, não é uma reforma, são mudanças naturais que todo governo que quer o melhor tem que fazer. Não tem dia, não tem hora marcada, não necessariamente será tudo de vez, são reposições, ajustes que precisam ser feitos”, declarou.
No papo, ele fez uma avaliação da derrota do aliado, ACM Neto (União Brasil), na campanha ao Governo da Bahia. “O que posso lhe assegurar é que toda campanha tem erros, mas lhe garanto que eventuais erros que possam ter acontecido, que são normais, não alteraram em nada o resultado”, disse o prefeito.
“Diante também do cenário que tínhamos que enfrentar, de um governo que era bem avaliado, com estrutura de poder durante 16 anos, com apoio de diversos prefeitos da Bahia e o candidato do presidente deles chegando com a força que chegou, com quase 73% dos votos na Bahia, está aí a explicação para o resultado”, avaliou.
Bruno revelou ainda conforme o jornal Tribuna, que havia um acordo entre ele, o ex-prefeito ACM Neto e o presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Júnior (MDB), para garantir o terceiro mandato ao emedebista como chefe do Legislativo soteropolitano. “Verdade verdadeira (que havia acordo). Geraldo sempre nos disse que queria ser deputado, mas, se não fosse, queria continuar como presidente da Câmara. Sempre alertamos sobre o risco de um terceiro mandato, mas afirmamos que a decisão era dele e o caminho que ele optasse teria nosso apoio”, confirmou Bruno Reis.
Ao comparar a sua gestão com a de Neto, ele disse que atingiu números “infinitamente superiores”. “Meus números são infinitamente superiores a Neto a Imbassahy. Imbassahy fez 737 escadarias drenantes em 8 anos, eu já fiz 853. Por que eu sou melhor que os outros? Não, porque eu cheguei com a prefeitura arrumada, com dinheiro em caixa, com contratos, projetos prontos”, avaliou.
Ele disse que a relação com Geraldo melhorou depois do fim da eleição. “Ele tomou a decisão de seguir um outro caminho na política e a partir daí houve um rompimento, deixamos de ser aliados, estavam em campos políticos opostos. Tentei por muito tempo manter uma relação separando a política da Câmara, mas aí você sabe, ano de eleição (…). Depois que a eleição passou, naturalmente, com a temperatura, palanque desarmado, convergirmos os interesses da cidade”, afirmou.
