As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 12, depois de dados da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos indicarem progressos no núcleo, e recebendo ímpeto extra do setor de techs.
No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,61%, aos 39.005,49 pontos; o S&P 500 ganhou 1,12%, aos 5.175,27 pontos; e o Nasdaq teve alta de 1,54%, aos 16.265,64 pontos.
Após uma reação inicial negativa aos dados do CPI americano de fevereiro, investidores balizaram as apostas ao notar que, apesar da aceleração robusta do índice, o número traz também alguns avanços na redução do núcleo.
“Ver as ações subirem após uma inflação mais quente do que o esperado é um tanto surpreendente”, escreve Fiona Cincotta, do City Index, ao pontuar que esse otimismo com política monetária dos EUA não deve se sustentar no longo prazo.
Segundo o Wells Fargo, os detalhes do CPI pintam um quadro encorajador, visto que a alta mensal veio em boa parte devido a componentes voláteis, como carros usados e passagens aéreas. De acordo com a análise, a inflação residencial começa a esfriar e os bens devem voltar a ter deflação em breve.
Também nesta terça, o setor de tecnologia do S&P 500 saltou 2,54%, puxado pelos ganhos robustos da Nvidia (7,16%) e da Oracle (11,71%), após a multinacional de tecnologia americana superar expectativas de lucro em balanço trimestral divulgado no fim da tarde de segunda-feira, graças em parte à demanda gerada pela inteligência artificial.
Os papéis da 3M fecharam com ganhos de 4,99%, depois da companhia ter anunciado Bill Brown como novo CEO. No setor bancário, o New York Community Bancorp subiu 6,00%, depois de anunciar que concluiu as transações de US$ 1,05 bilhão para injeção de liquidez.
Entre as perdas, a Boeing teve mais um dia no vermelho e caiu 4,26%. A empresa se tornou alvo de investigação criminal nos EUA após problemas com um avião 737 MAX 9 em janeiro, e na segunda-feira um ex-funcionário que denunciou a empresa foi encontrado morto.
Os atrasos de entregas de aviões pela Boeing prejudicou nesta terça o setor de aéreas, que recuaram em bloco depois da Southwest Airlines comunicar que deve registrar prejuízo no primeiro trimestre devido aos atrasos de entregas de aeronaves. As ações da Southwest, inclusive, recuaram 14,89%.