quinta-feira 2 de maio de 2024
Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Home / DESTAQUE / Baixo clero da Câmara quer mais espaço e reclama da “confraria” de Lira
sábado 30 de dezembro de 2023 às 07:49h

Baixo clero da Câmara quer mais espaço e reclama da “confraria” de Lira

DESTAQUE, NOTÍCIAS, POLÍTICA


Deputados das bancadas BBB (Boi, Bala e Bíblia) têm reclamado segundo a colunista Vera Rosa, do Estadão, do pouco de espaço em comissões e relatorias de projetos. Queixam-se, ainda, de que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não ouve o chamado baixo clero para tomar decisões, consultando apenas uma “confraria” de líderes.

A insatisfação tem aparecido em votações no plenário. No último dia 19, por exemplo, a aprovação de um destaque apresentado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) causou surpresa.

Apesar dos protestos do Centrão e de líderes do governo, o texto que recebeu sinal verde do Congresso impede o Executivo de usar recursos públicos para financiar políticas interpretadas como sendo de incentivo ao aborto, invasão de propriedade e mudança de sexo em menores.

Lira nega que dê tratamento diferenciado aos pares. “Todas as decisões desta Casa são tomadas em conjunto com o colégio de líderes”, afirmou o presidente da Câmara.

A “rebelião” do baixo clero, porém, não passa despercebida num ano em que os pré-candidatos à sucessão de Lira já começam a preparar suas campanhas. A eleição que escolherá os novos presidentes da Câmara e do Senado ocorrerá somente em fevereiro de 2025, mas a disputa já está a todo vapor.

Até agora, os pré-candidatos conhecidos para ocupar a cadeira de Lira são o baiano Elmar Nascimento (União Brasil), Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Antonio Brito (PSD). Nas fileiras de outras legendas, o nome citado é o de Isnaldo Bulhões (MDB-AL), mas o seu partido ainda não definiu se terá concorrente nessa corrida.

O deputado Eunício Oliveira (MDB-CE), ex-presidente do Senado, pode entrar no jogo. “Se o Isnaldo for candidato, eu o apoio. Mas, se não for, vamos observar o cenário”, disse Eunício, enigmático.

Diante da revolta dos deputados que contam com menos holofotes também pode surgir um Severino Cavalcanti. Conhecido como “rei do baixo clero”, Severino impôs a maior derrota política ao governo Lula, em 2005, quando venceu Luiz Eduardo Greenhalgh (PT), aproveitando-se de um racha na aliança petista. “Fiquei com gosto de cabo de guarda chuva na boca”, afirmou na época Greenhalgh.

Severino, porém, ficou apenas sete meses no comando da Câmara. Acusado de receber um “mensalinho” de R$ 10 mil por mês para que o restaurante da Casa funcionasse, ele renunciou ao mandato de deputado e deixou a presidência.

Veja também

TCE da Bahia determina que Agerba não prorrogue contrato de operação de ônibus elétricos; entenda

O Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) determinou que a Agência Estadual de …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!
Pular para a barra de ferramentas