O líder da oposição no Senado, senador Rogério Marinho (PL-RN), foi entrevistado por Marcela Rahal, do programa Ponto de Vista, da revista Veja, nesta terça-feira (27). O parlamentar falou sobre a repercussão do ato convocado por Jair Bolsonaro (PL), na Avenida Paulista, no último domingo (25) e a possibilidade de um projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro prosperar, além dos inquéritos que atingem o ex-presidente.
Marinho foi perguntado sobre o evento bolsonarista em São Paulo e afirmou que o ato mostrou que ‘a direita está mais viva do que nunca’ e reuniu ‘pessoas que acreditam nos mesmos valores, nas mesmas ideias’ conservadoras. “São pessoas que prezam a questão da família, a questão da vida desde a concepção, que são contra a liberação das drogas… são pessoas que entendem que aquele que representa e significa tudo isso é o presidente Bolsonaro”, afirmou.
Questionado sobre a ‘minuta golpista’ que Bolsonaro chegou a citar durante a manifestação, o parlamentar disse que ‘ninguém está acima da lei’ e que ele e outros políticos bolsonaristas defendem ‘que a lei seja cumprida’. O senador também criticou supostos ‘vazamentos seletivos’ do inquérito que mira o ex-presidente. “Uma coisa é o documento que, porventura, vá embasar uma busca e apreensão que se torna pública, mas os elementos do processo foram banalizados”, opinou Marinho.
A respeito da possibilidade de anistia, levantada pelo ex-presidente durante o protesto, Marinho disse que o tema ‘naturalmente vai ser tracionado em função do sentimento das pessoas que estão nas ruas pelo país’. “O Congresso se move naturalmente pela pressão dos seus eleitores”, ponderou.