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Eliziane Gama, Arthur Maia, Cid Gomes e Magno Malta no primeiro dia da instalação da CPI do 8 de janeiro - Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
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quinta-feira 1 de junho de 2023 às 06:33h

Ampliação de investigações da CPI do 8 de janeiro vira foco de tensão entre militares

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O escopo das investigações que serão realizadas pela CPI do 8 janeiro passou a ser segundo Bela Megale, do O Globo, como o novo foco de tensão entre integrantes das Forças Armadas. Há receio de que membros da atual cúpula militar e que já tinham postos de destaque no governo Bolsonaro sejam convocados a depor, caso as apurações se estendam para 2022.

O alerta acendeu na caserna, com a chuva de pedidos de convocação de militares e a sinalização da relatora da CPI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), de que as investigações vão abranger o período entre a derrota de Bolsonaro e os atos golpistas de 8 de janeiro. À coluna, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse que a comissão vai investigar o “histórico dos ataques à democracia” até estes culminarem na invasão dos prédios dos Três Poderes.

A indefinição do período que estará na mira da CPI tem gerado apreensão entre parte dos militares da ativa e reserva, já que não há como definir quais integrantes das Forças podem ser convocados.

Além dos pedidos de convocação de militares ligados a Jair Bolsonaro, como os ex-ministros Augusto Heleno, Walter Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula, Gonçalves Dias, também deve ser ouvido. Outros membros das Forças Armadas que estão no alvo da CPI são os integrantes do GSI que atuaram na área de inteligência do governo desde Heleno até o 8 de janeiro.

Uma frente que preocupa a caserna é a apuração dos acampamentos golpistas em frente aos quartéis, que tiveram presença, especialmente, de militares da reserva e de seus familiares. Em novembro, os comandantes das três Forças, Freire Gomes (Exército), Garnier Santos (Marinha) e Baptista Júnior (Aeronáutica) chegaram a emitir uma nota afirmando que os protestos após a derrota de Bolsonaro eram legítimos, mas criticaram excessos.

Há ainda a preocupação que a CPI divida ainda mais os militares da reserva, cuja maioria segue apoiando Bolsonaro, e os da ativa, que têm priorizado a conduta institucional.

Como informou a coluna, membros da reserva e ex-integrantes do GSI têm deixado evidente as críticas sobre a postura da nova cúpula militar. A avaliação desse grupo é que o comando, na busca de um alinhamento com o governo Lula, tem lançado parte de seus membros à própria sorte, especialmente os que integraram o governo anterior.

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