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sábado 20 de maio de 2023 às 09:49h

Alckmin tenta mediar acordo entre Marina e Silveira, mas se recusa a decidir na ausência de Lula

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) entrou em campo nesta última sexta-feira (19) conforme Weslley Galzo, do Estadão, para mediar a disputa entre os ministros Alexandre Silveira (Minas Energia) e Marina Silva (Meio Ambiente) sobre a exploração de petróleo pela Petrobras na foz do rio Amazonas. Alckmin, que despacha como presidente exercício desde quarta-feira (16) teve reuniões separadas com os dois titulares de Ministérios em busca de um meio termo na pauta.

Como revelou o Estadão, a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas virou um cabo de guerra entre Silveira e Marina. Enquanto a Petrobras, subordinada ao Ministério de Minas e Energia, defende o projeto de extração na área. Já o Ibama se posiciona pelo indeferimento do pedido de licença ambiental feito pela companhia. Nesta semana, o órgão ambiental barrou o projeto e impôs uma derrota a Silveira.

Foi neste cenário que Alckmin decidiu a agir. O vice-presidente, porém, tem dito aos envolvidos que se recusa a tomar decisões sobre o tema na ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que participa da cúpula do G-7 no Japão e só voltará ao País na madrugada da próxima terça-feira, 23. Alckmin chegou a brincar com seus interlocutores que “só faltava” esperarem ele decidir algo sem o chefe no território nacional.

A mediação dos conflitos por Alckmin não constou na agenda oficial divulgada pelos Ministério. O MME alegou que Silveira só trataria com Alckmin temas de política enérgica e aumento da oferta de gás. Já o Meio Ambiente disse que Marina discutiu medidas de serviços florestais, bioeconomia e resíduos sólidos

Enquanto os integrantes do primeiro escalão disputam publicamente e apelam a Alckmin por mediação, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, tem reforçado que a decisão do órgão foi estritamente técnica e não está sujeita a “pressões políticas”. Ele cita, por exemplo, que em caso de vazamento de óleo levaria 43 horas para uma equipe chegar ao local. “Não é algo simples que dá para mediar. ‘Eu dou um jeitinho aqui e concedo a licença’, disse Agostinho ao Estadão.

“O licenciamento não é um cartório: eu entrego o papel e tenho a licença”, afirmou o presidente do Ibama. “O projeto que foi apresentado até agora não para de pé”, prosseguiu. “O parecer é técnico, não é político. O Ibama não trabalha sob pressão política. Nós estamos num novo governo que tem a decisão de que o Ibama não vai ter ingerência política. Nós sofremos quatro anos com muita ingerência (durante o governo Bolsonaro)”, completou.

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