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Jorge Messias, atual advogado-geral da União — Foto: Daniel Estevão / Ascom AGU
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terça-feira 5 de março de 2024 às 16:10h

AGU defende ‘Jovem Pan’ e é contra MPF para cassar concessão

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


A Advocacia Geral da União (AGU), que representa o governo federal perante a Justiça, pediu segundo a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, que a 6ª Vara Cível Federal de São Paulo rejeite um pedido do Ministério Público Federal (MPF) para cassar a concessão pública de veículos do grupo Jovem Pan. Nesta última segunda-feira (4), a AGU alegou liberdade de expressão para defender a emissora, e citou que o Ministério das Comunicações já havia adotado esse entendimento.

A AGU discordou do MPF e defendeu a Jovem Pan. “Seria extremamente perigoso ao próprio regime democrático atribuir a qualquer órgão estatal o papel de avaliar a ‘qualidade dos conteúdos’ veiculados pelas emissoras de rádio ou TV”, escreveram os procuradores da AGU Artur Soares de Castro e Silva Helena Serra nesta segunda-feira (4).

A AGU afirmou ainda que, se acatasse o pedido do MPF, a Justiça Federal estaria impondo “censura prévia” à Jovem Pan, o que é inconstitucional. “As punições em caso de exercício abusivo da liberdade de expressão devem ser proporcionais e não podem resultar num ambiente que iniba a livre manifestação do pensamento”, apontando “flagrante risco aos princípios legais e constitucionais”.

No ano passado, o Ministério das Comunicações do governo Lula já havia afirmado à Justiça que o caso representaria censura prévia, e que a sociedade teria direitos violados de ter acesso a “pensamentos, ideias e opiniões”, segundo a Consultoria Jurídica da pasta.

O MPF afirmou à Justiça que, em 2022, a Jovem Pan veiculou, de forma sistemática, “conteúdos desinformativos a respeito do funcionamento de instituições públicas nacionais, contextualmente atrelados a conteúdos incitatórios à violência e à ruptura do regime democrático brasileiro”.

Ainda segundo o MPF, a Jovem Pan abusou da liberdade de expressão e veiculou notícias falsas que colocaram em risco a ordem pública do país, inclusive incitando a indisciplina nas Forças Armadas. Além de pedir a cassação dos veículos do grupo, o Ministério Público defendeu que a União tomasse algumas medidas sobre o caso, como fiscalizar eventuais punições impostas à Jovem Pan e produzir conteúdos para serem transmitidos pela Jovem Pan. Esse conteúdo abordaria a confiabilidade das eleições.

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