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quarta-feira 8 de fevereiro de 2023 às 11:08h

A estratégia de defesa de Campos Neto aos ataques de Lula

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Apesar dos esforços de alas do governo federal por uma trégua de Lula, aliados do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, preveem de acordo com a coluna de Igor Gadelha, da Metrópoles, que os ataques do atual chefe do Palácio do Planalto ao banqueiro em razão dos juros altos ainda devem durar um bom tempo.

Com esse diagnóstico, parlamentares ligados a Campos Neto dizem que ele já definiu sua estratégia de defesa. O plano passa por evitar embates com Lula e apostar as fichas na cúpula do Congresso e em lideranças do Centrão para brecar possíveis tentativas de mudança na independência do BC.

Em conversas reservadas, políticos próximos ao presidente do Banco Central avaliam que dificilmente Lula teria hoje votos suficientes no Legislativo para reverter a independência da autoridade monetária, aprovada por meio de projeto de lei complementar durante o governo Jair Bolsonaro.

Aliados de Campos Neto lembram, conforme a publicação de Igor Gadelha, que lideranças políticas como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, têm dado declarações públicas, nos últimos dias, em defesa da independência do Banco Central.

O PSD de Kassab, inclusive, deve ficar com o comando da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O colegiado é o responsável por sabatinar os indicados pelo governo para a diretoria do Banco Central. Também é a instância para a qual Campos Neto tem de prestar esclarecimentos.

“Motivação política”

A avaliação do entorno do presidente do BC é de que os ataques de Lula têm motivação política. Para aliados de Campos Neto, o petista critica os juros como uma espécie de “vacina” para justificar os resultados econômicos negativos já previstos para 2023, primeiro ano de seu governo.

Integrantes do Banco Central argumentam que o atual patamar da taxa básica de juros (Selic), de 13,75% ao ano, não é definido apenas pela vontade de Campos Neto. Mas, sim, por todos os oito integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom), no qual o presidente do BC tem o voto de desempate.

Fontes do Banco Central afirmam ainda que o atual patamar da Selic é fruto de decisões e cenários do primeiro semestre de 2022, quando a inflação teve um pico não só no Brasil, como em todo mundo, decorrente, entre outros motivos, dos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia.

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