segunda-feira 13 de maio de 2024
A China oferece ao mundo uma globalização inclusiva, tolerante e pacifista
Home / DESTAQUE / A China e uma nova globalização
quinta-feira 16 de fevereiro de 2023 às 13:00h

A China e uma nova globalização

DESTAQUE, MUNDO, NOTÍCIAS


A China oferece ao mundo uma globalização inclusiva, tolerante, pacifista e que gere valor e riqueza material a todos os países envolvidos nos projetos do Cinturão e Rota.

Desde o início do processo de financeirização da economia internacional e , no início da década de 1990, o fim das primeiras experiências socialistas, o mundo tornou-se cada vez mais instável com crises financeiras recorrentes que trazem consigo um imenso rastro de destruição em todos os aspectos, relembra em excelente reportagem de Elias Jabbour, no Correio do Brasil.

A pobreza, a concentração de renda e a falta de esperança de populações inteiras no futuro têm aberto condições a um mundo cada vez mais intolerante e onde ideologias de extrema-direita, em sua maioria nascidas e desenvolvidas nos Estado Unidos e exportadas ao mundo, ganham terreno. Por exemplo, nos Estados Unidos o racismo praticado dentro do país se transforma em política de Estado quando este país age fora de seu território. O fascismo, o neocolonialismo e o imperialismo estão, mais do que nunca, presentes no horizonte internacional.

“Globalização financeira”

Muitos analistas anunciaram o “fim da globalização”. Não acreditamos nisso. O que está chegando ao fim é uma forma não inclusiva de globalização. Uma globalização voltada aos interesses de um único país, que patrocinou uma chamada “globalização financeira”, e que em nenhum momento atendeu aos interesses dos povos da periferia do sistema. Esta globalização está em seu fim. Um fim melancólico com a potência hegemônica do mundo patrocinando guerras e intolerância por toda parte. Por outro lado, a República Popular da China com a Iniciativa Cinturão e Rota e a decisão firme de construir uma “comunidade de destino compartilhado” oferece ao mundo uma outra globalização: inclusiva, tolerante, pacifista e que gere valor e riqueza material a todos os países envolvidos nos projetos do Cinturão e Rota.

Cinturão e Rota para a Saúde

Mas esta iniciativa não se encerra somente na construção de grandes obras de infraestruturas. Enquanto alguns países estavam buscando politizar a questão da pandemia, a China foi pioneira no lançamento do Cinturão e Rota para a Saúde. Outras iniciativas com o mesmo espírito inclusivo têm sido diariamente debatidas entre autoridades chinesas e estrangeiras. Porém, a que nos tem chamado muito a atenção é a chamada “construção de uma comunidade de intercâmbio cultural”. Esta iniciativa chinesa leva em consideração que os grandes desafios que enfrenta hoje a humanidade não passam somente por maior integração econômica entre os países ou cooperação em áreas-chave no setor de ciência, tecnologia e inovação.

Existe uma questão nodal que é a necessidade da construção de uma outra subjetividade no mundo que também acompanhe a superação da “globalização financeira” proposta pelos EUA cujos resultados estão aí: guerras, fome, desemprego, racismo, fascismo, intolerância.

Essa iniciativa chinesa de construir uma comunidade de intercâmbio cultural é parte da necessidade de se construir um ambiente onde as diferentes formas de pensar e de sistemas políticos ou mesmo de ideologia deixem de ser obstáculos para a construção de um mundo melhor. Ao contrário, das grandes diferenças e do diálogo podem se encontrar soluções a um grande problema que afeta a humanidade: a falta de confiança entre os diferentes países e diferentes povos e civilizações. Todos nós sabemos que a época em que um único país ou o que chamam de “Ocidente” podiam ditar as regras para o restante do mundo e usar as diferenças entre povos e países como forma de atingir seus próprios interesses. Grandes parcelas da humanidade que inclui países como a China, Índia, Rússia, Brasil, República Islâmica do Irã e parcelas significantes da América Latina e Ásia já perceberam que juntos e exercitando a tolerância mútua o mundo poderá atingir um outro patamar de convivência e tolerância.

Comunidade de intercâmbio cultural

Devemos louvar e levar às últimas consequências esta iniciativa chinesa de construção de uma comunidade de intercâmbio cultural. Por exemplo, em um país como o Brasil são várias as iniciativas neste sentido. Desde a promoção de viagens de grandes delegações de estudantes, professores, jornalistas e profissionais de diversas áreas de atuação até a ação do Instituto Confúcio. Este instituto não pode ser visto somente como um meio de divulgar a língua e a cultura chinesas. É um instrumento efetivo de difusão de cultura de paz e tolerância. A base material do mundo mudou significativamente nas últimas quatro décadas. Povos e países clamam por voz e igualdade nas relações internacionais. Clamam por tolerância e pelo fim da pilhagem e da violência. Repetimos: devemos ir às últimas consequências no sentido de apoiar essa iniciativa de construção de uma comunidade de intercâmbio cultural.

Elias Jabbour, é doutor e mestre em Geografia Humana (FFLCH-USP). Professor Adjunto da FCE/UERJ. Membro do Comitê Central do PCdoB.

Veja também

Defesa Civil alerta para novas ‘inundações severas’ no Rio Grande do Sul

As fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul podem piorar ainda mais a …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!
Pular para a barra de ferramentas