Dentro da estratégia do presidente Jair Bolsonaro (PL) de aumentar sua bancada de apoio no Senado, duas de suas ex-ministras pleiteiam uma vaga pelo Distrito Federal: Damares Alves (Republicanos), ex-ministra dos Direitos Humanos, e Flávia Arruda (PL), ex-ministra-chefe da Secretaria de Governo.
Arruda, que é natural do DF, chegou antes na disputa conforme a coluna Mauiavel, da Veja, e há algumas semanas se coloca como a candidata bolsonarista no estado. Ela tem o apoio de Ibaneis Rocha (MDB), candidato à reeleição no governo, e empata na margem de erro das pesquisas estaduais com o senador José Reguffe (União Brasil). Reguffe, que ainda não confirmou se tentará a reeleição ou irá disputar o governo, tem 21% na corrida pelo Senado, enquanto Flávia tem 19%.
Nenhuma pesquisa foi feita desde que Damares disse que concorreria com a ex-colega de Esplanada à única vaga disponível. O que se sabe, até agora, é que ela conta com o aval do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP). E, na visão da cúpula do Republicanos, tem uma projeção maior que a adversária como ex-ministra de Bolsonaro. “Damares tem um perfil diferente de Flávia Arruda pelo trabalho que fez como ministra. Ela tem uma envergadura maior, um conteúdo diferente, é uma candidata mais consistente”, avalia o deputado federal Carlos Gomes (Republicanos-RS).
Do lado do partido de Arruda, a única conclusão é que não dá para ambas saírem como candidatas em outubro. “A divisão de votos é prejudicial, o certo é apenas uma se candidatar. Temos até agosto para definir isso, mas não sei como desatar esse nó”, confessou Capitão Augusto (PL-SP), deputado federal e vice-presidente nacional da legenda presidida por Valdemar Costa Neto.