Nesta última segunda-feira (9), o jornal ‘O Globo’ divulgou detalhes de um relatório sigiloso baseado no inquérito da Polícia Federal sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista Anderson Gomes.
A disputa por pontos políticos estaria por trás da suspeita de um possível envolvimento do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) afastado, Domingos Inácio Brazão, no crime cometido em março de 2018.
Durante a investigação a PF apurou a obstrução à investigação dos homicídios e no qual Brazão aparece como “o principal suspeito de ser o autor intelectual” do crime.
Ainda segundo a publicação, apesar do sargento da PM e miliciano Rodrigo Jorge Ferreira dizer em depoimento à polícia que havia interesse do vereador Marcello Siciliano (PHS-RJ) no assassinato da vereadora por conta de uma possível guerra política entre os dois, investigadores da PF constataram a inexistência de tal disputa. Uma vez que os dois atuavam em regiões diferentes.
No entanto, já com Domingos Inácio Brazão a PF informou que “observou proximidade entre as zonas eleitorais onde Marielle Franco e Chiquinho Brazão (irmão mais velho de Domingos) obtiveram maioria de votos”, ressaltou no relatório, apontando uma possível causa para o crime. Seria uma disputa por territórios.
Ao analisarem detalhadamente o mapa eleitoral das localidades onde ambos tinham mais votos, a PF percebeu que Marielle concorria com a família Brazão.
Até o momento, nem a família de Marielle Franco ou representantes da família Brazão comentaram o assunto.