A decisão de Lula de nomear o ministro Paulo Pimenta (Secom) para chefiar a autoridade federal no Rio Grande do Sul foi considerada uma declaração de guerra pelo PSDB, partido do governador Eduardo Leite.
Aliado próximo de Leite, o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) classifica conforme a coluna Painel, como uma “excrescência” a decisão.
Uma das figuras mais influentes do PSDB, Aécio tratou do tema com Leite e diz que a medida do Palácio do Planalto é um desrespeito não somente ao governador do Rio Grande do Sul, que não teria sido consultado, mas à Federação.
“O presidente Lula será responsável pela politização do drama por que passam os gaúchos. Ao indicar um adversário político do governador, o presidente, na verdade, pratica uma intervenção no estado, que tem um governador eleito para tal”, afirma Aécio.
Segundo o parlamentar mineiro, o perfil de Pimenta, um político que é cotado para a disputa do governo gaúcho em 2026, “é um exemplo de que o presidente está mais preocupado com a politização do que com a efetividade das ações.”
“Todo o esforço colaborativo que tem havido até agora, e que reconhecemos, é jogado por terra por essa decisão impensada e extremamente equivocada”, conclui Aécio.