Em uma crise que não aparenta ter fim, a executiva nacional do PSDB anulou a eleição que havia definido o ex-deputado Marco Vinholi como presidente do diretório estadual do partido em São Paulo.
A decisão foi tomada em reunião com 30 membros da cúpula na noite desta sexta-feira, 8 de março.
A oposição a Vinholi, encabeçada pelo ex-presidente estadual da sigla, o prefeito de Santo André, Paulo Serra, alega que membros do diretório estadual não haviam sido informados da reunião virtual que elegeu o agora presidente cassado.
Uma nota atribuída a Serra circulou no WhatsaApp dizendo que o encontro teria sido “cancelado por motivo técnicos”.
Ligado ao grupo político de Eduardo Leite, Serra propôs que a decisão sobre a liderança do partido fosse adiada pela terceira vez, mas a proposta foi rejeitada pela maioria.
Marco Vinholi pertence ao grupo político do PSDB que era ligado ao ex-governador João Doria, adversário de Leite no partido.
O PSDB vive uma crise em São Paulo.
Nos últimos três anos, o partido perdeu 139 prefeituras, indo de 180 a 41, enquanto se viu ultrapassado pelo PSD, como principal força territorial no estado, hoje com 329 prefeituras.
Em outubro, o então presidente nacional do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, suspendeu nas eleições do diretório estadual do partido.
Ele alegou “manifestações de importantes lideranças partidárias”, dentre elas o ex-senador José Serra, preocupadas com o fraco desempenho do partido no estado e “a total ausência da mobilização partidária necessária à realização das convenções agregadoras e democráticas”.
A articulação de Aécio Neves em São Paulo
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) se reuniu com dirigentes tucanos na cidade de São Paulo em 17 de janeiro.
Na reunião, Aécio defendeu que o partido tenha um candidato próprio nas eleições municipais na capital paulista, que ocorrem em outubro.
Estavam presentes no encontro o presidente da Executiva Nacional do partido, Marconi Perillo, e o presidente do diretório paulista e prefeito de Santo André, Paulo Serra, e o ex-senador José Aníbal.