Relator da PEC dos Militares, o senador Jorge Kajuru (PSD-GO) desistiu segundo a colunista Bela Megale, de manter no texto a proibição de membros das Forças Armadas da ativa de integrarem o primeiro escalão do governo.
A decisão de excluir o veto de militares em cargos de ministros e de secretários-executivos se deu porque o projeto corria risco de não ser aprovado, caso esse ponto fosse mantido. O relatório será apresentado por Kajuru no Senado, na semana que vem.
— Eu ouvi vários senadores para tomar essa decisão. Não vou criar uma briga desnecessária que, durante a votação da PEC no plenário, vai culminar numa derrota — disse Kajuru à coluna, sobre a mudança de posição.
Há duas semanas, o senador afirmou à coluna que estava decidido a proibir que militares da ativa ocupassem cargos do primeiro escalão do governo. Ele afirmou que só tinha dúvidas sobre quando a medida passaria a valer. Nas conversas com os colegas da Casa, o relator viu que a PEC seria derrotada, se ele insistisse em manter esse trecho do texto.
Um dos principais articuladores para excluir o veto da proposta foi o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que a classifica como “discriminatória”. O eixo central da PEC, que é tornar obrigatória a transferência para a reserva de militares que concorrerem nas eleições, segue mantido.
No governo Bolsonaro, os generais Luiz Eduardo Ramos e Eduardo Pazuello se tornaram ministros da Casa Civil e da Saúde, respectivamente, ainda na ativa.