No fim da tarde desta última terça (14), o diretor do Aeroporto Pedro Morganti, Marcelo Kraide Soffner, diz em entrevista ao portal Metrópoles, que ainda estava no local da queda do avião que resultou em sete mortes nos arredores do bairro Santa Rosa, em Piracicaba. Ele dava suporte à Defesa Civil e aos investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Marcelo relatou que aeronave deixou o local por volta das 8h30. “Teve algum problema, alguma pane, a aeronave fez a curva e veio para cá. A pane foi imediatamente depois da decolagem, deve ter dado uns segundos, porque a cabeceira [da pista de decolagem] é ali. Mas o que aconteceu será a investigação do Cenipa que vai dizer”, afirmou.
Aeronave caiu em vegetação quinze segundos após decolar em Piracicaba (SP)Fábio Vieira/Metrópoles
Após a queda na terça-feira (14), o avião pegou fogo na mata ao lado da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec)Fábio Vieira/Metrópoles
O diretor explicou que os poucos destroços que sobraram devem ser guardados para análise. “Apesar que o pessoal do Cenipa, pelas filmagens, já tem uma noção boa do que aconteceu. Fica nítido que foi algum problema no motor. De 30 a 60 dias, eles emitem o laudo final”, disse.
Da decolagem até o momento da queda, o piloto ou copiloto não fizeram contato com a torre de controle do aeroporto de Piracicaba. O empresário Celso Silveira Mello Filho, que era acionista da companhia Cosan, sua esposa, Maria Luiza Meneghel, e os três filhos, Celso, Fernando e Camila, tiveram seus corpos carbonizados, junto ao piloto Celso Elias Carloni e o copiloto Giovani Gulo.
“A gente lamenta porque é uma aeronave nova, manutenção em dia. A família é tradicional de Piracicaba e tem poder aquisitivo, então jamais deixaria de fazer uma manutenção. Foi uma fatalidade”, afirmou. A documentação indica que a aeronave passou por revisão na segunda (13).
Investigação da Cenipa
O Cenipa informou que acionou investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), órgão regional localizado em São Paulo, para o atendimento inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PS-CSM.
Na ação inicial, os investigadores identificam indícios, fotografam cenas, retiram partes da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas e reúnem documentos. Segundo o Cenipa, não existe um tempo previsto para essa atividade terminar.
“O objetivo das investigações é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram”, informou, em nota.
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