A juíza Pollyanna Alves, substituta da 12ª Vara Federal em Brasília, atendeu a um pedido da CPI da Pandemia no Senado para expedir mandado de condução coercitiva caso Marconny Albernaz de Faria, suspeito de ser lobista da Precisa Medicamentos, deixe de comparecer à comissão na quarta-feira (15) para quando foi agendado seu depoimento.
Segundo a revista Veja, os senadores tomaram a iniciativa de acionar a Justiça depois que Marconny faltou a uma oitiva sem apresentar justificativa. Ele deve depor como testemunha. A Precisa é a empresa que fechou um contrato bilionário com o Ministério da Saúde para fornecer a vacina indiana Covaxin. O contrato acabou cancelado pela pasta após suspeitas de irregularidades.
A CPI recebeu do Ministério Público Federal no Pará uma série de mensagens de Marconny trocadas com pessoas da Saúde. Parte dessas mensagens mostra o suposto lobista conversando com o empresário José Ricardo Santana, ex-secretário executivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a respeito da venda de 12 milhões de testes rápidos ao ministério. Marconny também tinha contato com Jair Renan, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem ajudou a abrir uma empresa de eventos.
Os senadores sustentaram na Justiça que o depoimento de Marconny é “absolutamente imprescindível” para a conclusão da CPI, e chegaram a pedir também que o passaporte dele fosse retido, o que a juíza negou.