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sexta-feira 11 de novembro de 2022 às 14:36h

Zona do euro terá recessão no fim do ano e inflação mais alta em 2023, prevê Comissão Europeia

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Conforme o Rfi, em um cenário marcado por um “nível excepcional” de incerteza, a zona do euro deve encerrar o ano de 2022 em recessão e registrará uma inflação ainda elevada no próximo ano, afirmou nesta sexta-feira (11) a Comissão Europeia em suas previsões econômicas.

De acordo com a Comissão, devido a um “ambiente externo mais frágil e condições financeiras mais rígidas”, a União Europeia (UE), a zona do euro e a maioria dos Estados-membros entrarão em recessão no último trimestre do ano.

Após um desempenho sólido no primeiro semestre de 2022, a economia do bloco “entrou em uma fase muito mais desafiadora”, destacou a Comissão Europeia, ainda contabilizando os riscos relativos à ofensiva da Rússia contra a Ucrânia.

O relatório com as expectativas econômicas de outono (no hemisfério norte, primavera no Brasil) prevê que a contração da atividade econômica “deve continuar no primeiro trimestre de 2023”.

Mas, provavelmente, o crescimento retornará à Europa na primavera (outono no Brasil), acrescenta o relatório.

Para 2023, a Comissão projeta um crescimento econômico de apenas 0,3%. No relatório anterior, publicado em julho, a previsão era de avanço de 1,5%.

O panorama é agravado pela persistência da inflação, que alcançará 6,1%, segundo Bruxelas, uma revisão que eleva em mais de dois pontos percentuais as projeções de julho (4%).

Gás aumenta incerteza

“A maior ameaça vem da evolução adversa do mercado de gás e do risco de escassez, em particular no inverno de 2023-24”, afirma o relatório.

“A UE está entre as economias avançadas mais afetadas, devido à sua proximidade geográfica com a zona de guerra e a sua forte dependência das importações de gás da Rússia”, afirma o relatório da Comissão Europeia.

“A crise energética está corroendo o poder de compra das famílias e pesando na produção. Os indicadores de confiança caíram muito”, explica o documento. Como resultado, “os números esperados para 2023 são significativamente menores para o crescimento e maiores para a inflação”, justificou a Comissão.

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