quinta-feira 21 de novembro de 2024
Foto: Romeu Zema/Instagram
Home / NOTÍCIAS / Zema sai em defesa de Bolsonaro e diz que Justiça precisa tratar todos de maneira igual
quarta-feira 10 de julho de 2024 às 07:21h

Zema sai em defesa de Bolsonaro e diz que Justiça precisa tratar todos de maneira igual

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que sua relação com Jair Bolsonaro (PL) não irá mudar em função do indiciamento do ex-presidente no caso das joias recebidas de governos estrangeiros.

“Minha relação com ele é boa, sempre foi a mesma, não mudaremos. Eu sou favorável a toda investigação e sou favorável também a todo direito de defesa. Quem sou eu para fazer qualquer avaliação disso?”, disse Zema em entrevista à Artur Búrigo, da Folha nesta última terça-feira (9).

O governador também repetiu um argumento feito pela defesa do ex-presidente e pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR) ao dizer que as investigações da Justiça mudam de acordo com o governante de ocasião.

“Se ele [Bolsonaro] for investigado dessa forma, todos os ex-presidentes também precisariam ser. Eu sou favorável a um tratamento isonômico. Parece que no Brasil, infelizmente, a Justiça tende a investigar mais ou menos determinadas pessoas de acordo com quem está governando, o que é muito ruim”, afirmou Zema.

Na semana passada, Moro comparou a situação do ex-mandatário com a de Lula e disse que o petista não foi indiciado “por se apropriar de presentes” recebidos em seus mandatos anteriores.

“Mesmo durante a Lava Jato tudo foi tratado como uma infração administrativa dada a ambiguidade da lei. Os crimes foram outros. Há uma notável diferença de tratamento entre situações similares”, disse o senador em rede social.

Em linha semelhante, os advogados de Bolsonaro citaram o relógio do presidente Lula (PT), recebido em outro mandato, pelo ex-presidente francês Jaques Chirac.

Eles alegaram que o caso é idêntico ao de Bolsonaro, mas que o ministro do STF Alexandre de Moraes já decidiu que “não há indícios mínimos de ocorrência de ilícito criminal”, ao arquivar o pedido de investigação.

Moraes retirou nesta segunda (8) o sigilo do caso da venda de joias recebidas como presentes de autoridades estrangeiras pelo governo brasileiro, pelo qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 11 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal.

O ex-presidente já tinha sido alvo de busca e operação sobre o assunto. A corporação aponta Bolsonaro como suspeito de ter montado um esquema para desviar os itens durante o seu mandato. Os crimes, segundo a PF, são de formação de quadrilha e peculato.

Os investigadores citam mensagens do celular do ex-presidente para afirmar que ele sabia da movimentação para a venda de um conjunto de joias presenteado pela Arábia Saudita.

De acordo com a PF, o desvio ou tentativa de desvio de presentes recebidos pelo governo brasileiro teve como alvo bens cujo valor de mercado soma R$ 6,8 milhões.

O documento, enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) no relatório que fundamenta o indiciamento do ex-presidente e de mais 11 pessoas no caso, afirmava que o valor dos bens somava R$ 25 milhões (US$ 4.550.015,06).

Durante a tarde, porém, a PF corrigiu o dado. Bolsonaro ironizou o erro, mas não explicou sobre as mensagens em seu celular.

Veja também

Bolsonaro pode ser preso após indiciamento? Entenda os próximos passos do processo

Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (21) pelos crimes de abolição …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!