PT e MDB negociam secretamente uma aliança com vistas ao segundo turno da disputa presidencial. Pelo PT, a iniciativa foi José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil de Lula, logo após ser solto por ordem da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal. As conversas iniciais foram com políticos nordestinos do MDB. Oficialmente, eles alegam a necessidade de “garantir a governabilidade” de um eventual governo Haddad (PT). Mas a razão primordial é outra: enfrentar a Lava Jato e reverter prisões.
Não está claro como o eventual governo do PT sufocaria a Lava Jato ou neutralizaria sentenças. Mas os interlocutores só pensam nisso.
Viabiliza o entendimento o desejo de soltar Lula e outros petistas e, do lado do MDB, evitar que Temer e outros figurões acabem presos.
As conversas de Zé Dirceu com o Planalto e o MDB eram mantidas sob o mais absoluto sigilo, enquanto “costurassem” o apoio interno.
Articuladores políticos do Planalto afirmam que há ambiente propício no MDB, onde é perceptível o apoio a Haddad no segundo turno.
Por Cláudio Humberto