O WhatsApp montou um batalhão de 200 advogados para atender eventuais pedidos de juízes pelo país na reta final da campanha eleitoral brasileira, com a empresa controlada pela Meta se preparando para enfrentar eventuais decisões e consultas.
“Temos uma equipe de 200 advogados para atender justiça eleitoral”, disse à Reuters o chefe de políticas públicas para o WhatsApp no Brasil, Dario Durigan.
Aplicativo de mensagens mais usado do país, o WhatsApp ganha ainda mais atenção pública em anos de eleição, como o atual, dada a crescente busca do serviço para disseminação de notícias falsas, mas também de decisões judiciais.
Diferente de mídias sociais como Facebook e Twitter, o WhatsApp não faz moderação de conteúdo das mensagens compartilhadas na sua plataforma, afirmando que elas são protegidas por criptografia.
No entanto, todas as mídias sociais têm sido cobradas a fazer mais para evitar a disseminação de discursos de ódio e a veiculação de notícias falsas.
Segundo o chefe de políticas públicas para o WhatsApp no Brasil, Dario Durigan, como as mensagens da plataforma são protegidas por criptografia, o caminho que a empresa tem tomado para tentar coibir a desinformação é evitar o disparo massificado de mensagens, um dos meios mais frequentes para a disseminação de notícias falsas.
Numa frente, o aplicativo usa mecanismos para identificar e fechar contas automáticas. “Nós fechamos todo mês cerca de oito milhões de contas automáticas”, disse ele à Reuters, referindo-se a dados globais.
Nesta segunda-feira, o WhatsApp ampliou uma parceria lançada em abril com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para checagem de informações veiculadas na plataforma, à medida que crescem preocupações de disseminação de notícias falsas antes das eleições de outubro no Brasil.
O serviço é disponível para usuários da mídia social conectados ao número do TSE na plataforma –(61) 99637-1078–, contato para o qual poderão compartilhar mensagens recebidas com informações ligadas ao processo eleitoral.
“Em vez de ter esforços divididos, uma checagem unificada pode ajudar melhor no enfrentamento à desinformação”, disse Durigan.
O serviço de conferência de informações amplia um acordo do WhatsApp com o TSE, lançado mais cedo neste ano, por meio do qual os usuários já podiam conferir informações pré-checadas.