Ângelo Coronel, o ungido do senador Otto Alencar na chapa de Rui Costa, vai circular pelo interior no São João já com a conversa de candidato ao Senado, como aliás ele vem fazendo, a exemplo de anteontem, no Forró da Assembleia, quando abriu a festa trocando tapinhas nas costas junto com Jaques Wagner.
Coronel se diz pronto. E também consciente da circunstância em que entra no jogo.
“Veja quem são os candidatos principais: Jaques Wagner já foi governador duas vezes, ministro; Jutahy Júnior já foi ministro; e Irmão Lázaro é cantor, eu nunca cantei nada. É natural que eles estejam na frente nas pesquisas’ disse Coronel.
O presidente da AL-BA tem a seu favor a tradição baiana de os eleitos para o Senado serem sempre aliados dos candidatos ao governo vitoriosos e está na chapa de Rui Costa, o favorito (só em 1962 Josaphat Marinho ganhou o Senado fazendo dobradinha com Waldir Pires, que perdeu o governo para Lomanto Júnior).
Diz ele que nunca pensou na vida em ser presidente da Assembleia, muito menos senador, embora com a ressalva de que acredita na vitória.
Se o Senado é tido como o paraíso dos políticos, alta visibilidade, oito anos de mandato, boa assessoria, dizem que só o fato de Coronel entrar numa chapa altamente competitiva indica que ele está no time dos que nasceram com o bumbum para a lua. Se vencer, é porque o bumbum está um pouco adiante, para lá de Marte.
Por Levi Vasconcelos