Postulante ao Senado pelo PT na Bahia, o ex-governador Jaques Wagner avalia que a manutenção do ex-presidente Lula na cadeia reforça qualquer candidatura petista, seja qual for o nome na cabeça da chapa.
“Eu tenho dificuldade de entender quando é que quem está engendrando todo esse plano vai entender que o plano já deu e vai dar errado porque, na verdade, a transferência de votos, se for necessária – e eu espero que não seja – ela aumenta a cada dia que o Lula está preso. As pessoas estão com saudade do Brasil que elas viveram e as pessoas não se afeiçoam à injustiça e à perseguição. Então, na minha opinião, só está dando errado. Só falta um pouco de humildade para falarem ‘erramos’. Solta o cara e deixa o cara fazer o que o Brasil precisa”, clamou.
Sobre a possibilidade de crescimento dos adversários, segundo o site Metro1, Wagner disse que acredita que nem o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, a partir do dia 31, vai mudar o cenário, sobretudo para Henrique Meirelles, que leva consigo a bandeira do presidente Michel Temer.
“Se o Lula estivesse solto, teria menos esse tensionamento. Eles erraram o tempo todo. Quem é o partido, na minha opinião, que está mais embaixo? O MDB. Porque dali as pessoas esperavam um projeto para o Brasil, e o que buscaram enfiar na gente? O Alckmin não consegue sair de 2, de 3. Tempo de televisão é solução para quem tem o que dizer, e problema para quem não tem o que dizer. Tempo demais você acaba patinando”, afirmou, em relação a Geraldo Alckmin (PSDB).
Em relação à Bahia, o ex-governador apostou que Rui Costa será reeleito com uma margem “de 65% a 70%” dos votos, mas ponderou que “não há unanimidade em política”.
Por Rodrigo Daniel Silva, Evilásio Júnior e Clara Rellstab