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sábado 14 de janeiro de 2023 às 06:58h

Wagner diz não ter “nada contra” o ex-aliado João Leão

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O líder do Governo Lula no Senado, Jaques Wagner (PT), afirmou em entrevista à rádio Metrópole FM, nesta última sexta-feira (13), não ter “nada contra” o ex-aliado João Leão (PP). Os dois romperam politicamente no ano passado, quando o cacique pepista que foi eleito deputado federal, decidiu sair da base petista e migrar para o grupo de ACM Neto (União Brasil) quando percebeu que o acordado com o senador em sua residência, foi sumariamente alterado. Leão teria sido convidado para ser ‘governador tampão’ e Rui Costa (PT) seria candidato ao Senado, mas o desenho projetado por eles, foi desfeito por Wagner sem aviso e divulgado pela mesma rádio.

Desde então, eles não mais se falaram. Contudo, segundo Henrique Brinco, do jornal Tribuna, ao que parece, não existem mágoas de ambas as partes. Wagner, inclusive, disse ter se encontrado com seu filho, Cacá Leão (PP), recentemente. Segundo ele, o papo foi amistoso. “Conversei com ele numa boa”, disse na rádio.  “a política dá muita volta”, completou Wagner.

Na mesma entrevista, Wagner também falou sobre o desenho político da gestão Jerônimo Rodrigues e também do Governo Lula. Segundo o jornal Tribuna, questionado se houve “má vontade política” por parte do senador Angelo Coronel (PSD) durante a campanha eleitoral de 2022 na Bahia, já que o pessedista evitou subir aos palanques, Wagner garantiu que o aliado está “afinado” com o grupo, apesar de ser mais “solto”.

“Ele tem o jeito dele, é um cara mais solto. Quando ele vota nas coisas, às vezes, diverge, mas o que me interessa e o que conta é que ele e os filhos eleitos a deputado federal [Diego Coronel] e estadual [Coronel Filho] continuam no nosso grupo”, afirmou Wagner.

O líder do Senado também negou que tenha barrado Elmar Nascimento (União Brasil) na equipe ministerial de Lula. Nos bastidores, a avaliação é que o deputado federal só não ganhou uma pasta para chamar de sua por pressão do PT.

“Eu não faço política discriminando. Estava ao lado do presidente quando ele recebeu Elmar e Alcolumbre. Disseram que eu barrei ele, se eu quisesse barrar nem faria essa primeira reunião”, disse.  “Ele [Elmar] passou a campanha toda xingando. Eu não falei nada, mas quando tudo isso veio à tona as pessoas reclamaram. Uma coisa é trazer um adversário, outra é um cara que ficou te ofendendo o tempo todo”.

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