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O chefe de gabinete do Governo de Javier Milei, Guillermo Francos, disse que os protestos de membros de torcidas organizadas, aposentados e militantes argentinos, em Buenos Aires, foram uma “tentativa de golpe de estado”. A manifestação ocorreu na tarde desta quarta-feira (12).
O descontentamento com as baixas pensões e a pobreza no país foram as principais causas do movimento, que foi duramente reprimido pela tropa de choque e por policiais. De acordo com a imprensa argentina, 120 prisões foram registradas e 15 pessoas ficaram feridas.
Dentre as vítimas, um fotógrafo, identificado como Pablo Grillo, passou por uma cirurgia de emergência após ser atingido na cabeça por uma bomba de gás lacrimogênio. O caso foi visto pelo Governo de Milei como “acidente imprevisto”.
Além do profissional, uma idosa de 87 anos foi empurrada por policiais e foi hospitalizada com um ferimento também na cabeça. “Essas são as consequências infelizes de um incidente violento, assim como o número de membros das forças de segurança e da polícia que ficaram feridos e hospitalizados”, comentou Francos.
Alguns dos manifestantes, que foram detidos, já foram libertados por ordem do Departamento de Justiça da Cidade. A ação do órgão foi criticada pelo chefe de gabinete. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, apoiou o posicionamento de Guilhermo Francos e afirmou que os participantes são pessoas que “se reúnem para atacar o governo e estão preparadas para matar”.
A ministra também afirmou que irá enviar ao Congresso um projeto de lei para a “proibição total” de torcidas organizadas. Dessa forma, os grupos passariam a ser classificados como organizações criminosas pelo governo argentino.
