O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em ato de comemoração de 43 anos do PT, que voltou ao Planalto para governar o país com democracia, respeito aos mais pobres e, em discurso voltado ao público interno, pediu que a militância petista lute pelo partido.
Ao comentar que muitos dos que fundaram o PT já não estão mais vivos, relatou a dificuldade de criá-lo e disse ter o partido presente “em cada célula” do corpo.
“Nós voltamos para governar esse país, e nós voltamos para governá-lo com democracia, com respeito aos mais pobres e nós voltamos para recuperar a democracia em toda a sua essência”, disse Lula, visivelmente emocionado.
“Eu tenho esperança que não há dificuldade que a gente não possa vencer. É só a gente querer. A gente precisa querer. A gente não pode levantar de manhã com preguiça. A gente tem que levantar de manhã com disposição de brigar. A gente briga pelos nossos filhos, a gente briga pelas nossas mulheres, a gente briga pelos nossos irmãos. Vamos brigar pelo nosso partido e vamos brigar pelo povo brasileiro, para que nunca mais um genocida ganhe as eleições com base na mentira e na indústria da mentira”, discursou o presidente.
Mais cedo, no mesmo evento, a presidente nacional do partido utilizou seu discurso para reforçar a investida de Lula e da equipe econômica contra a taxa de juros.
“Está na hora de enfrentarmos esse discurso mercadocrata dos ricos desse país, que temos risco fiscal. Qual risco? De não pagar a dívida? Mentira”, disse Gleisi.
“Temos um mercado antiquado, atrasado que não percebeu ainda as mudanças internacionais. E nós temos de parar de ter medo de debater política econômica, seja ela monetária, fiscal ou cambial e tentar nos acomodar ao que eles querem ou pensam”, acrescentou a presidente do PT.
O Diretório Nacional do partido decidiu apoiar uma convocação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao Congresso para prestar esclarecimentos sobre a política monetária.