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domingo 11 de fevereiro de 2024 às 11:58h

Você tem um novo colega de trabalho e ele se chama Inteligência Artificial

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A Inteligência Artificial (IA) emergiu como um catalisador revolucionário, remodelando a maneira como as organizações interpretam e utilizam dados. Já me arrisco a dizer que somos colegas de trabalho. Ela não chega para substituir os afazeres humanos (pelo menos na maioria dos casos), mas para somar e trabalhar junto.

É importante enxergar essa mudança como uma oportunidade de ter um parceiro para o dia a dia que, quando integrado de forma eficaz, pode impulsionar a produtividade e a eficiência no ambiente corporativo, permitindo que as empresas otimizem processos, automatizem tarefas repetitivas e alcancem maiores resultados.

Mas essas adequações não são rápidas e demandam tempo para que os profissionais (humanos) passem a se concentrar apenas em atividades mais estratégicas e criativas..

Uma pesquisa global ouviu mais de 1,6 mil profissionais e apontou que 79% dos entrevistados dizem ter tido ao menos algum contato com a IA generativa no trabalho ou fora dele e 22% afirmam utilizá-la regularmente no seu cotidiano profissional. Além disso, o tema passou a ser foco entre os cargos de liderança. Ou seja, quase um quarto dos gestores C-level entrevistados diz que já utiliza pessoalmente ferramentas de IA generativa no dia a dia na empresa e 40% dos entrevistados afirmam que suas organizações aumentarão os investimentos nessa tecnologia.

“Uma pesquisa global ouviu mais de 1,6 mil profissionais e apontou que 79% dos entrevistados dizem ter tido ao menos algum contato com a IA generativa no trabalho ou fora dele e 22% afirmam utilizá-la regularmente no seu cotidiano profissional.”

O estudo também mostra que as áreas de marketing, vendas e serviços como atendimento ao cliente e suporte ao administrativo são as que mais estão buscando novas ferramentas tecnológicas, por consequência a IA.

Uma das facetas mais importantes da IA é sua habilidade em analisar vastas quantidades de dados em tempo real. O que fica claro é que, enquanto métodos convencionais poderiam demandar horas ou até mesmo dias para processar informações, a IA realiza essa tarefa em frações de segundo. O resultado é o suporte aos humanos na tomada de decisões, levando às escolhas mais precisas e estratégicas.

O investimento em IA também destaca a importância da ética e governança. As empresas precisam estabelecer diretrizes claras para o uso responsável da tecnologia, garantindo que os benefícios sejam alcançados de maneira correta e equitativa.

Dessa forma, é dever das companhias assegurar que suas soluções de IA não perpetuem ou ampliem desigualdades existentes. Isso envolve a atenta avaliação de possíveis vieses nos dados utilizados para treinamento dos modelos, bem como a implementação de medidas para mitigar qualquer impacto desproporcional sobre grupos específicos.

Com esse cenário de muitas mudanças e novidades, é importante lembrar que a legislação desempenha um papel vital na promoção de práticas com transparência e na proteção dos direitos dos cidadãos em um ambiente onde a IA desempenha um papel cada vez mais significativo. Audiências públicas são essenciais, já que permitem que diversos atores sociais, incluindo especialistas, empresas, organizações e cidadãos, expressem suas preocupações e opiniões.

Por Heverton Peixoto, ele é engenheiro civil com MBA em Corporate Finance no Insead, CEO do Grupo Omni e conselheiro do Instituto Inovação em Seguros e Resseguros da FGV

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