A primeira Usina de Etanol do Polo Agroindustrial e Bioenergético entre 11 que estão sendo implantadas na região do Médio São Francisco, na Bahia, recebeu nesta terça-feira (10), autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para produzir etanol no estado. Com isso, foi derrubada a liminar sobre zoneamento da cana-de-açúcar na região. Essa primeira usina tem uma capacidade instalada de 4 milhões de toneladas e produz 400 mil litros/dia.
Essa é a primeira Usina de Etanol no oeste do estado e foi construída com recursos 100% próprios, devido ao zoneamento, que impedia que esses projetos conseguissem captar financiamentos com os bancos oficiais (Banco do Brasil, BNDES, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, entre outros).
O deputado federal João Leão (PP) idealizou e buscou efetivar o projeto do Polo Agroindustrial e Bioenergético quando era vice-governador, além de Secretário do Desenvolvimento Econômico e Secretário do Planejamento do Estado da Bahia.
Leão disse que está muito feliz com a primeira das 11 usinas, que entrará em operação. Disse que justiça seja feita, e uma dessas usinas foi efetivada após viagem do então governador Rui Costa ao Emirados Árabes Unidos em 2021, quando trouxe empresários para conhecer o projeto de Leão.
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Essa primeira usina do Grupo Paranhos terá uma produtividade superior a 200 toneladas de cana de açúcar por hectare. Conforme apurou o #Acesse Política, será a única a fornecer etanol em um raio de 700 km. A Bahia era, até então, um estado importador de etanol, e só com a Serpasa Agroindustrial, o estado irá produzir 15% do etanol que consome. O objetivo de João Leão é zerar a importação de etanol, passando o estado a ser exportador do produto.
Quando o Polo Agroindustrial e Bioenergético da Bahia estiver concluído, irá gerar mais de 60 mil empregos diretos e indiretos, com investimentos privados de aproximadamente R$ 10 bilhões, nos municípios de Barra, Xique-Xique e Muquém do São Francisco.
“Estamos muito felizes, é o progresso e desenvolvimento que nossa Bahia precisa. Esse projeto tem obtido produtividade superior, entre 200 e 300 toneladas de cana-de-açúcar por hectare, e serviu como projeto “quebra gelo”, um case de sucesso para prospecção de novos investidores ou atração de outros projetos que estão em implantação”, afirmou o deputado Leão.
Leão revelou que essa é uma vitória sua e de todos os baianos. Ele afirmou que agora, que foi resolvido a questão do zoneamento da Cana no Vale do São Francisco, os bancos oficiais podem financiar os outros projetos de Produção de Cana de Açúcar e derivados na região.
“A previsão é chegar a 10 mil ha irrigados, atingindo 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, com 60 pivôs e o restante no sistema gotejamento. Nossa expectativa é muito positiva. O mercado com bons preços de etanol e boa probabilidade de futuro, através de produção de energia limpa com baixa emissão de carbono na atmosfera”, afirma o investidor Sérgio Paranhos, CEO da Serpasa Agroindustrial.
Paranhos ainda disse que são 22 pivôs de 110 hectares (ha) em operação, uma área superior a 2 mil ha de cana plantada e a expectativa é que o empreendimento gere 3,5 mil empregos diretos e indiretos, com o plantio e a usina. Atualmente, a usina emprega 500 funcionários.
Vídeo sobre a Usina Serpasa Agroindustrial:
Vídeo: Início do Polo Agroindustrial e Bioenergético
Primeiro documentário institucional mostra o início dos projetos e traz depoimentos dos investidores
Vídeo: FAZENDA ESCOLA MODELO
Primeira escola de irrigação – centro de educação e capacitação profissional – do Brasil