A onda de violência em Salvador e as medidas policiais implementadas no bairro de Valéria, que resultaram na paralisação do transporte público local, foram o foco de debates no bloco Pinga-Fogo da Câmara, na tarde desta última terça-feira (19). A 63ª Sessão Ordinária da 3ª Sessão Legislativa da 19ª Legislatura foi presidida pelo vereador Isnard Araújo (PL).
Para o vereador Alexandre Aleluia (PL), Salvador se tornou “um campo de batalha, onde a violência é consequência direta das ideias propagadas por movimentos de esquerda”. Ele destacou que a população mais carente é a mais afetada, citando como exemplo o bairro de Valéria.
O vereador Leandro Guerrilha (PP), em sua intervenção, afirmou que “a população de Valéria vive em um estado de insegurança”. Ele elogiou a atuação da Polícia Militar no enfrentamento do crime organizado e salientou que os motoristas de ônibus têm receio de serem atingidos por disparos ao circular pelo bairro.
Defesa do governo estadual
O vereador Hélio Ferreira (PCdoB) saiu em defesa das ações do governo da Bahia no combate à criminalidade. Ressaltou que “outros estados também enfrentam desafios semelhantes” e condenou o uso da violência como tema de debate político, atribuindo parte da culpa ao governo anterior, sob a gestão de Bolsonaro.
Já o vereador Randerson Leal (PDT) enfatizou as iniciativas do governador Jerônimo Rodrigues para fortalecer a Polícia Militar. Também mencionou o apoio dos vereadores Hélio Ferreira e Tiago Ferreira (PT) no restabelecimento do transporte público em Valéria e apelou para que a Guarda Municipal de Salvador intensifique seu papel no combate à violência.
Inaugurações
O vereador Orlando Palhinha (União) destacou as recentes inaugurações promovidas pelo prefeito Bruno Reis. Entre elas, a entrega da Feira do Curtume, “fruto de um esforço de sete anos”, e do terminal de eletrocarga para os ônibus do BRT. Este último pode carregar até 20 ônibus simultaneamente. Palhinha também celebrou a inauguração da nova Escola Municipal Elysio Athayde, em Cajazeiras V, que, após reformas no valor de R$ 14,2 milhões, agora tem capacidade para atender até 2.400 alunos em salas climatizadas.