De volta ao Brasil após viagem oficial no leste europeu, o presidente Jair Bolsonaro (PL), sobrevoou, nesta sexta-feira (18), as áreas atingidas pelas fortes chuvas em Petrópolis, no Rio de Janeiro. As enchentes no município já deixaram, até agora, mais de 110 mortes e centenas de desaparecidos.
“Vi uma intensa destruição. É uma imagem de guerra, lamentável. Tivemos uma perfeita noção da gravidade do que aconteceu aqui em Petrópolis”, disse o presidente conforme o Correio Braziliense.
Os ministros Braga Netto (Defesa), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), João Roma (Cidadania) e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, estão acompanhando Bolsonaro na visita à região. Em uma transmissão nas redes sociais, o presidente detalhou — ao lado do governador do Rio, Cláudio Castro — a situação em Petrópolis.
“Essa catástrofe é grande, levando-se em conta o número de mortos. A gente lamenta e pede a Deus que conforte todos os familiares. Somos solidários a todos os nossos irmãos e tudo faremos para minorar o sofrimento do povo da região”, disse.
Bolsonaro afirmou que, assim que soube da tragédia, quando ainda estava na Europa, entrou em contato com ministros para que a União desse “suporte necessário à população”. “Liguei para o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, que já havia determinado um recurso extra no orçamento. Entrei em contato com o ministro Paulo Guedes, da Economia, para que também agilizasse a liberação desses recursos”, afirmou o mandatário.
A vista à Petrópolis foi programada durante a viagem do presidente ao Leste Europeu na qual Bolsonaro se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, e o premiê da Hungria, Viktor Orbán.
Liberação do FGTS
Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, um “caminhão-agência” está na região — que teve duas agências destruídas na cidade. Guimarães garantiu que a liberação de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve começar nos próximos dias.
“A liberação do FGTS será em alguns dias com a relação da prefeitura e do MInistério do Desenvolvimento Regional. Até R$ 6.220, obviamente, com saldo”, disse.
Para tentar amenizar a situação da região, o governo federal autorizou, na última quinta-feira (18/2), o primeiro repasse de recursos para ações de defesa civil na cidade. Segundo o Ministério de Desenvolvimento Regional, neste primeiro momento, serão destinados R$ 2,33 milhões para assistência à população afetada e para início dos serviços de limpeza urbana. Outros repasses estão previstos para os próximos dias. O governo também reconheceu o estado de calamidade pública no município.