A vereadora Ireuda Silva (Republicanos) comemora os avanços do Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra da Mulher Soteropolitana (SIMM Mulher). A vereadora lembra que o serviço foi implantado em agosto com o objetivo de mudar gradativamente os altos índices de desemprego de Salvador, principalmente entre setores historicamente excluídos e discriminados, como as mulheres e, mais ainda, as mulheres negras.
Ireuda reforça que a iniciativa foi idealizada por ela, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Salvador. E destaca que, desde a implantação, centenas de mulheres foram capacitadas e encaminhadas ao mercado de trabalho, ajudando a movimentar a economia da cidade e reduzindo os efeitos da crise que se abateu sobre o país neste ano.
“Foi por acompanhar e viver a realidade social de Salvador que vi o quanto era necessário termos um projeto como o SIMM Mulher. Em plena pandemia, o SIMM Mulher está cumprindo a função para a qual foi criado: garantir a empregabilidade da mulher soteropolitana, ajudando a empoderá-la ao mesmo tempo que movimenta a nossa economia. Queremos que esse projeto se amplie e ao mesmo tempo que surjam outros para promover ainda mais reparação social”, diz Ireuda, que também é vice-presidente da Comissão de Reparação e secretária municipal do Mulheres Republicanas da Câmara de Salvador.
Desemprego
A vereadora destaca dados de 2019, que mostram o desemprego entre mulheres como o maior em 15 anos na Região Metropolitana de Salvador. “De 2017 para 2018, 32 mil mulheres ficaram desempregadas, um aumento de 13%”, comenta.
À época do lançamento, a republicana destacou que “buscar diariamente políticas que diminuam a desigualdade é um desafio e um dever de todos que ocupamos funções representativas. Penso que esse projeto também pode beneficiar especialmente as mulheres negras, que são maioria em nossa cidade e, além de sofrerem com o machismo, são também vítimas do racismo”.
Ainda de acordo com Ireuda, a situação de vulnerabilidade da mulher foi agravada pela pandemia do novo coronavírus. Vítimas do machismo, são muitas vezes preteridas em seleções e ganham menos que os homens, mesmo quando possuem qualificação igual ou superior.