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terça-feira 1 de setembro de 2020 às 06:29h

Vereadora critica falha no recadastramento do SUS em Salvador

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“A população amanheceu aterrorizada com esse aviso. É preciso ter mais responsabilidade com os prazos institucionais para que as pessoas não corram riscos nas filas dos postos”, comentou a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) sobre o recadastramento do SUS em Salvador. A prefeitura lançou comunicado por redes sociais e pela TV na tarde de quinta-feira (27) para o prazo inicial do dia 31 de agosto. A data limite foi prorrogada para 30 de setembro, após muitas reivindicações.

Uma delas foi registrada pela Ouvidoria da Câmara, órgão que tem Aladilce à frente. Ainda na quinta ela enviou ofícios ao prefeito ACM Neto e ao secretário de Saúde, Leo Prates, cobrando esclarecimentos sobre o assunto. Com as cenas de aglomeração nas filas de postos na sexta-feira (28), Aladilce criticou a ação da gestão. “Está claro que houve uma falha enorme em não avisar a população com antecedência. Deixaram para alertar em cima da hora, sendo que já sabiam desse prazo com bastante antecedência”, comentou.

Moradores de rua

“A Ouvidoria da Câmara vai acompanhar esse caso e não vamos aceitar que se provoque aglomeração em uma cidade em que os números da Covid-19 continuam altos. O correto seria criar uma estrutura para evitar aglomeração”, pontuou a ouvidora. “As pessoas estão apavoradas achando que se não conseguirem se recadastrar não terão direito à assistência do SUS. É preciso que a prefeitura deixe claro que o SUS não pode negar atendimento a ninguém, principalmente por uma falha de gestão”, reitera.

Aladilce também pontuou sobre a realidade das pessoas em situação de rua, tema de audiência pública virtual realizada na sexta-feira (28), que contou com o apoio da Ouvidoria. “Muitos moradores de rua, além de não ter endereço, não têm documentos. Como ficarão diante dessa situação, se estão exigindo até certidão de nascimento? É necessário um olhar cuidadoso com os mais vulneráveis, e uma revisão dos documentos exigidos. Precisamos também discutir amplamente o objetivo desse cadastramento para que não tenhamos retrocesso na saúde”, finaliza.

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