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sábado 27 de abril de 2019 às 11:21h

Vereador Marcos Mendes presta homenagem a fundadora do Movimento de População de Rua da Bahia

POLÍTICA


Em solenidade realizada no Plenário Cosme de Farias, na noite desta última sexta-feira (26), a Câmara Municipal de Salvador homenageou – in memoriam – Maria Lúcia Santos Pereira, fundadora do Movimento de População de Rua da Bahia. A sessão especial foi idealizada pelo vereador Marcos Mendes (PSOL).

O evento teve início com quebra de protocolo, quando a moradora em situação de rua Sheila “Maloca”, na tribuna, anunciou a composição da mesa e puxou o grito de “Maria Lúcia, presente!”.

Além de liderar o Movimento de População de Rua da Bahia, Maria Lúcia, que morreu em 25 de abril de 2018, aos 51 anos, era coordenadora do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR).

Marcos Mendes lembrou a trajetória da militante social, que nasceu em Itapetinga e veio ainda jovem para a capital baiana morar com duas “tias de consideração”. Após a morte das tutoras, passou a enfrentar a realidade das ruas. “Dentro desse movimento ela conseguiu olhar para o outro. Ela tinha que enfrentar a rua, mas enxergou o outro e começou a se mobilizar em prol de políticas públicas para esta população. Não é à toa que ela se tornou a maior liderança nacional da população de rua”, frisou o vereador.

Um vídeo exibido no plenário lembrou momentos da homenageada durante a militância. O evento contou ainda com apresentação artística da banda Alegria e do grupo Pop Rua.

População invisível 

Em atenção a esta parcela da sociedade, o legislador protocolou uma indicação destinada ao governo estadual para que seja efetivada uma lei de 2014 que visa facilitar o acesso destas pessoas em situação de vulnerabilidade aos Direitos Humanos.

Segundo a defensora pública Fabiana Miranda, o maior legado deixado pela fundadora do Movimento de População de Rua foi a capacidade de se colocar no lugar do outro. “Com ela aprendi que eu, na condição de defensora e promotora, preciso escutar e seguir o movimento social se eu quiser fazer valer os Direitos Humanos. Não tenho que promover a partir do que eu penso, tenho que escutar, e a partir de aí trabalhar”, refletiu.

Integrante da Pastoral e do Movimento por Moradia, Carlita Moraes cobrou atenção dos poderes públicos. “Essa guerra dela (Maria Lúcia) a gente vai continuar, porque a população de rua ainda está invisível”, avaliou. A afirmativa, no entanto, foi descartada por Sueli Sobral, que integra o colegiado do Movimento em Situação de Rua: “Não somos invisíveis, a sociedade é que não quer nos enxergar, prefere criminalizar”.

Homenagens

Na Câmara, Maria Lúcia tinha presença cativa em debates acerca de políticas públicas para a população em situação de rua. Em reconhecimento à sua luta, a ativista recebeu do Poder Legislativo municipal a Medalha Zumbi dos Palmares e o Título de Cidadã da Cidade de Salvador, em 2016. Os autores das resoluções foram, respectivamente, o vereador Sílvio Humberto (PSB) e a então vereadora Vânia Galvão (PT).

A composição da mesa contou ainda com a presença dos integrantes do Movimento da População em Situação de Rua, Edson Alexandre da Silva, que presidiu a sessão durante discurso de Marcos Mendes; Luiz Gonzaga; Edcarlos Venâncio (Fórum Estadual da População em Situação de Rua); e Adauto Leite. Viúvo de Maria Lúcia, Edson Alexandre agradeceu o apoio de Marcos Mendes. “Sinal que o vereador acredita no legado que ela deixou para todos nós”, declarou.

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