Mensagens racistas entre estudantes e a omissão da direção do Colégio Sartre para tratar o crime foram condutas criticadas pelo vereador Luiz Carlos Suíca (PT). Ele pediu intervenção urgente do Ministério Público do Estado da Bahia (MP/BA) e apuração rigorosa do caso. Para o parlamentar, é preciso tratar o assunto com seriedade e uma representação foi encaminhada nesta quarta-feira (10) ao órgão.
“A Comissão de Reparação da Câmara também vai apurar esse caso. É preciso investigação para saber o que de fato aconteceu e criar meios de coibir esses tipos de condutas, principalmente dentro de unidades de ensino. A direção não pode se omitir diante de um ato racista. Não se pode passar a mão na cabeça e fingir que o racismo não existe, está incrustado em nossa sociedade”, destaca.
Conforme o vereador, imagens das conversas por aplicativo de mensagens circulam nas redes sociais com frases como “pode macaco no grupo?” e “pretos, morram”. Suíca critica também a falta de uma estrutura e de um núcleo antirracista para auxiliar os estudantes, professores, diretores e pais.
“Se um estudante agiu de forma racista é porque está reproduzindo o que ouve e o que vive. A escola tem o dever de educar e criar meios para que isso não se repita. Racismo é crime e precisamos tratar como tal. É lamentável que a elite branca reforce esse tipo de conduta, mas vamos atuar para que isso não se repita”, completa Suíca.