Vereador critica privatização do zoológico de Salvador pelo valor estimado R$ 121 milhões

O vereador Téo Senna (PSDB) criticou o Governo do Estado pela privatização do Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, mais conhecido como Zoológico de Salvador, que será objeto de leilão no dia 16 de setembro deste ano, na Bolsa de Valores (B3) de São Paulo, com valor estimado do contrato entre Executivo e instituição privada de R$ 121.978.050,59.

O equipamento está em reforma, visando atrair maiores ofertas no leilão, e cobrará taxa de entrada para visitação de até R$ 60, valor que consta no edital de concessão divulgado no último dia 14 pelo Governo da Bahia. Atualmente, o zoológico é administrado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

“Um escândalo o que estão fazendo com o patrimônio público do estado e uma total falta de respeito com os baianos. Quem, numa crise econômica como a que estamos passando, vai ter condições de pagar R$ 60 para ter acesso a esse equipamento? O governo tira da população, sobretudo das crianças, o direito à diversão e lazer. Um absurdo o que está acontecendo na Bahia”, indignou-se Téo Senna.

O vereador também lembrou da desativação dos trens do Subúrbio pelo governo do estado, ocorrida em 15 de fevereiro de 2021, para a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o que prejudicou a população que só tinha condições de pagar esse tipo de transporte, uma vez que o custo para quem utilizava os antigos trens era em média de R$ 20 por semana, o que alterou para cerca de R$ 160 com os ônibus e as linhas indicadas pelo governo após a desativação dos trens.

“O governo estadual está acabando com nosso patrimônio e deixando a população à mercê da sua incompetência. Nos meus mais de 20 anos de vida pública, sempre vi e ouvi dos políticos de esquerda que são contrários à privatização. Em todos os projetos da Prefeitura eles são contra as concessões, mesmo elas sendo benéficas para a população. E o que mais eles estão fazendo agora é entregando o patrimônio público à iniciativa privada, numa total incoerência e sem nenhuma piedade com a população mais carente do nosso estado”, criticou Senna.