Dos 13 candidatos a prefeito em capitais que tentarão reeleição este ano, oito ampliaram seus patrimônios enquanto ocupavam seus mandatos, de acordo com declarações entregues à Justiça Eleitoral pelas próprias campanhas. Nesse grupo estão quatro prefeitos com bens acima de R$ 1 milhão.
Em números absolutos, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), foi quem mais registrou alta na comparação com 2016. Seus bens declarados passaram de R$ 10,4 milhões para R$ 20,3 milhões em quatro anos. O prefeito se desfez de terrenos no valor de R$ 329,2 mil, de uma casa no valor de R$ 1,2 milhão e de uma BMW no valor de R$ 170 mil, mas ampliou o patrimônio com fundos, ações e investimentos, que passou de R$ 3,6 milhões para 15,3 milhões em quatro anos.
Em seguida no ranking, segundo o jornal O Globo, estão os prefeitos de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e de Campo Grande (MS), Marquinhos Trad. Ambos ampliaram seus patrimônios em mais de R$ 1 milhão. No caso de Pinheiro, parte do crescimento se deve à compra de salas comerciais, avaliadas em R$ 381 mil. Já Trad viu seu recursos de previdência privada (VGBL) passarem de R$ 267,4 mil, em 2016, para R$ 1,4 milhão.
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), também teve crescimento do patrimônio, que foi ampliado em R$ 902 mil em relação a 2016, quando foi eleito, por meio de aplicações financeiras no valor de R$ 1,058 milhão. Já o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), comprou uma sala comercial de R$280.000,00 e ações em empresas como Gerdau, Petrobras, Vale, Braskem e Neoenergia. A diferença em relação a seu patrimônio em 2016 é de R$ 520.491,69.
Também registraram altas os prefeitos de Curitiba, Rafael Greca (DEM), e de São Paulo, Bruno Covas (PSDB). Greca aumentou seu patrimônio com aplicação em fundos, renda fixa e popança, que passou de 231,5 mil para 572 mil em quatro anos. No caso de Covas, a alta foi de R$ 46.907,49 em números absolutos. Embora tenha declarado menos dinheiro em espécie, poupança e em depósito bancário na comparação com 2016 — o valor passou de R$ 50 mil para 21,4 mil — o prefeito de São Paulo comprou um Audi Q3 2014, de R$ 83.500,00. Em 2016, Covas não declarou possuir automóvel. A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), que concorreu como vice na eleição passada, declarou a mais R$ 38,1 mil frente a 2016 — montante que aparece como depositado em contas bancárias.
O prefeito de Porto Alegre, Marchezan Júnior (PSDB), declarou um valor maior para um mesmo apartamento em Porto Alegre, o que elevou o total declarado como patrimônio. Em 2016, o imóvel foi avaliado em R$175.898,15. Agora, foi declarado no valor de R$470.079,78. Se desconsiderado o imóvel, porém, o candidato teve redução de R$ 245 mil em depósitos bancários, poupança e outras aplicações financeiras.
Entre os candidatos, Marcelo Crivella (Republicanos), do Rio, Socorro Neri (PSB), de Rio Branco, e Álvaro Dias (PSDB), de Natal, declararam patrimônio menor que o de 2016. Dias registrou na Justiça Eleitoral patrimônio R$ 1,1 milhão menor que o de 2016. Já o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), ficou com patrimônio praticamente estável, hoje de R$ 539,9 mil.