A polícia iniciou uma investigação sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe – mas pouco se sabe sobre o suspeito que foi preso no local do caso, nesta sexta-feira (8).
Tetsuya Yamagami, de 41 anos, admitiu ter atirado em Abe, segundo a polícia de Nara Nishi. Ele, que está desempregado, disse aos investigadores que odeia “um certo grupo” ao qual ele achava que o político estava ligado. A polícia não deu nome ao grupo.
Foi informado que Yamagami respondeu calmamente às questões e não demonstrou emoções enquanto falava. A polícia confirmou que ele serviu na Marinha japonesa por três anos.
O suspeito usou uma arma caseira no tiroteio, ainda de acordo com as autoridades, e imagens do local mostraram o que parecia ser uma arma com dois canos cilíndricos de metal envoltos em fita preta. Mais tarde, vários itens artesanais semelhantes a pistolas foram confiscados do apartamento de Yamagami.
O objeto tinha 40 centímetros de comprimento e 20 centímetros de largura, disse a polícia.
Yamagami fabricou vários tipos de armas com tubos de ferro envoltos em fita adesiva, informou a emissora pública japonesa NHK, citando as forças de segurança. A polícia encontrou armas com três, cinco e seis canos de ferro.
O suspeito inseriu balas no cano, para o qual ele comprou peças online, ainda de acordo com a emissora citando a polícia. Os investigadores acreditam que ele usou a arma mais forte que ele fez no assassinato, acrescentou a NHK.
A Agência Nacional de Polícia do Japão disse que revisará os esquemas de segurança implementados antes do assassinato, disse a NHK. A segurança estava sendo feita pela polícia da província de Nara, que elaborou um plano para o ex-primeiro-ministro enquanto ele estava na cidade.
A agência afirmou que várias dezenas de policiais e agentes da polícia metropolitana de Tóquio estavam de plantão e teriam observado Abe de todos os lados durante seu discurso.