Um panorama do andamento da coleta de dados e a metodologia do Censo 2022 foi apresentado à equipe da União dos Municípios da Bahia (UPB), nesta quarta-feira (19), por técnicos do IBGE que visitaram a entidade. Na reunião, foram esclarecidas dúvidas que geralmente são levantadas pelos prefeitos e alinhada a estratégia de apoio que os municípios podem oferecer para o recenseamento, na logística, divulgação junto à população e no conhecimento sobre a ocupação da área territorial.
Até o momento, a população recenseada na Bahia ultrapassa 57% do total estimado para o estado, que é 14,8 milhões de habitantes. Entre as dificuldades apontadas pelo IBGE está a recusa da população em receber os recenseadores. O órgão pede que as prefeituras utilizem carros de som, redes sociais e emissoras de rádio local para informar a população sobre a importância de responder ao Censo. Também é possível checar a identidade do recenseador no site Respondendo ao IBGE (respondendo.ibge.gov.br/entrevistador) [copie o link e pesquise no Google], ou pela Central de Atendimento ao Censo, por meio do telefone 0800-721-8181.
A coordenação do Censo na Bahia garante que as informações prestadas pela população são sigilosas e não serão cruzadas com as de programas sociais. Outra questão abordada foi sobre os limites territoriais e as disputas de terra. De acordo com o coordenador estadual do Censo, Francisco Brito, a população dessas localidades precisam ser recenseadas e o litígio ou erros cartográficos, solucionados posteriormente junto aos órgãos competentes pelo georreferenciamento do estado, no caso a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e a Comissão Territorial da Assembleia Legislativa da Bahia.
Francisco Brito ressaltou a importância de compartilhar as informações técnicas com a UPB e receber o apoio dos municípios para avançar com a coleta dos dados. “A reunião foi muito produtiva, principalmente na questão da convergência de conhecimento, ou seja, tanto a gente passa a informar o que o IBGE faz – sobre o método da pesquisa–, como conhece a demanda que a UPB tem ao representar os municípios e seus prefeitos”, afirma o coordenador. Ele também acrescenta que as dúvidas e questionamentos dos gestores municipais podem ser esclarecidos pelos coordenadores regionais do recenseamento.
Para a superintendente da UPB, Raquel Santana, “o Censo é um balizador essencial para a construção de políticas públicas e para as transferências constitucionais da União para os municípios, daí a atenção redobrada que os gestores devem ter em ajudar o IBGE a traçar o retrato mais fiel possível da população de cada município”. Ela explica que a entidade vem orientando os gestores desde o início do recenseamento e as campanhas de conscientização pedindo o apoio dos prefeitos e prefeitas serão intensificadas ainda mais nos próximos dias.
Participaram da reunião o coordenador estadual de Base Territorial do IBGE, Leonardo Dias Afonso, o coordenador estadual do Repac/IBGE, Luís Alberto Pacheco e da UPB os coordenadores de Comunicação, Wilde Barreto, Informações Municipais, Jacira Cavalcanti, Eventos e Capacitação, Gabriela Ribeiro, Adminitrativo-Financeiro, Geraldo Santana, Relações Institucionais, Samara Alves. O setor jurídico foi representado pelos assessores Victor Hugo Pinheiro e Moana Barreto.