O Supremo Tribunal Federal (STF) deve carimbar nesta terça-feira (8) o contrato da União Brasil.
A maior novidade que a Terceira Via conseguiu criar foi a reciclagem do velho DEM. Estamos lascados.
O deputado federal delegado Waldir (PSL/UB) disse à Folha de S. Paulo:
“A tendência é a União Brasil fazer o que fez na eleição passada, quando o Caiado abriu o palanque para mais de um candidato”.
Ele citou Bolsonaro, Moro, Doria e Tebet. Ou qualquer um.
Duas semanas atrás, publiquei na Crusoé:
“Em 1989, fui levado para conhecer o velho ACM, em seu casarão em Salvador. A visita foi insuportavelmente aborrecida e apaguei-a da memória, exceto pelo ar-condicionado polar, que provocou um resfriado em minha mulher, pelos oratórios barrocos espalhados por todos os aposentos, seguramente adquiridos com recursos profanos, e pela imagem grotesca de uns meninos engomados que cumprimentavam obsequiosamente o velho oligarca, entre os quais ACM Neto, que tinha apenas 11 anos. O Brasil não mudou nada de lá para cá. Continua naquela mesma página de Gilberto Freyre: lida, relida, sublinhada e anotada (…).
No mesmo ano em que fui visitar ACM, Lula disputou pela primeira vez o Palácio do Planalto. Ronald Reagan havia acabado de encerrar seu mandato. Os principais governantes do mundo eram Mikhail Gorbatchov, Helmut Kohl e Deng Xiaoping. Lula foi eleito, reeleito e, depois de ter passado mais de um ano preso, flagrado no departamento de propinas das empreiteiras baianas, ainda assombra o país, com os mesmos parceiros, os mesmos propósitos e os mesmos métodos que o acompanharam à cadeia.
Eu antevi tudo isso no casarão gelado do velho ACM. Ao contrário de mim, ele nunca vai morrer”.
A maior prova disso é a União Brasil, que eterniza o espírito carlista.