Fusão do DEM com o PSL, o União Brasil foi oficializado nesta quarta-feira (23) como partido político na Câmara dos Deputados. Com isso, se isolou como a sigla com a maior bancada na Casa: 81 deputados federais.
Em comparação, o PT tem agora de acordo com Luciana Amaral em sua coluna no UOL, a segunda maior bancada da Câmara, com 53 deputados. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, está em terceiro, com 43, seguido pelo PP, com 42.
O deputado federal pela Bahia Elmar Nascimento, originário do DEM, vai assumir a liderança do União Brasil ao longo de 2022.
Janela partidária e bolsonaristas
A expectativa é que os números das bancadas mudem após o fim da janela partidária, que começa em 3 de março e vai até 1º de abril. No período, parlamentares podem trocar de sigla sem sofrer punições ou perder o mandato vigente.
Deputados aliados de Bolsonaro advindos do PSL, como Eduardo Bolsonaro (SP), Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP) e Major Vítor Hugo (GO), têm a saída dada como certa rumo ao PL, preferencialmente.
Ainda assim, o União Brasil deve continuar com uma das maiores bancadas na Câmara. No Senado, o União Brasil fica com sete senadores.
Legenda mais rica
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou, por unanimidade, a criação do União Brasil em 8 de fevereiro deste ano. A nova legenda terá o número de urna 44.
A fusão unifica duas legendas que receberam juntas, no ano passado, R$ 147,5 milhões do fundo partidário, mais do que qualquer sigla. Além deste recurso, que é anual, o União Brasil também levará a maior fatia do fundo eleitoral. O dinheiro será distribuído em junho e prevê hoje um total de R$ 4,9 bilhões aos 33 partidos ativos no país.
Para fazer frente ao União Brasil, outras legendas têm articulado a formação das chamadas federações partidárias, criadas por lei no ano passado e que valerão pela primeira vez nas eleições de outubro. Mas o próprio União Brasil considera se juntar com o PSDB, MDB e Cidadania.
Por meio das federações, os partidos aliados somarão forças em outubro, mas terão que permanecer unidos por pelo menos os 4 anos seguintes. Na prática, as legendas unidas funcionarão no Congresso como um só bloco.