O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sugeriu nesta terça-feira (6), durante a reunião da CPI do 8 de janeiro, que o TSE foi parcial durante as eleições de 2022.
O que Eduardo falou:
Segundo Thiago Bomfim, do Uol, Eduardo Bolsonaro disse que “o TSE vestiu um dos lados da corrida eleitoral”, apontando, sem provas, que o Tribunal Superior Eleitoral teria influenciado nas eleições de 2022 com propósito de eleger Lula.
Além disso, afirmou que Bolsonaro não pôde fazer transmissões ao vivo de sua residência e teve quantidade de inserções de rádio reduzidas, o que se baseia em dados inconsistentes e relatórios parciais.
A que as declarações se referem:
Durante a campanha presidencial de 2022, Jair Bolsonaro foi proibido de realizar lives eleitorais do Palácio da Alvorada pelo TSE. O Tribunal considerou que, apesar de ser a residência oficial do presidente durante o mandato, o edifício não devia ser usado para fins eleitorais.
Dados sobre a retirada de inserções de áudios de campanha de Bolsonaro em rádios foram baseadas em dados coletados e processados por software de monitoramento de audiência de emissoras e não por uma “auditoria”, como disse o então ministro das Comunicações, Fábio Faria. Alexandre de Moraes rejeitou o pedido de investigação e apontou tentativa do candidato à reeleição de tumultuar a disputa ao fazer acusações com provas “extremamente genéricas”.
Confira a íntegra da fala de Eduardo Bolsonaro sobre o assunto:
O Presidente Jair Bolsonaro sequer pôde fazer transmissões ao vivo de sua residência, ele teve menos 150 [mil] inserções de rádio. E quando seus advogados reclamaram, coisa que Vossa Excelência condenou, como se fosse um golpe reclamar à Justiça, Alexandre de Moraes cobrou em 24 horas provas dessas 155 mil inserções de rádio a menos, que foram apresentadas. E aí parece que foi o jogo democrático.”
Jair Bolsonaro foi cerceado em diversas das suas liberdades nessa corrida presidencial, que foi totalmente desigual. Você pode até não acreditar na questão das urnas eletrônicas, mas o TSE vestiu um dos lados da corrida eleitoral e isso gerou essa revolta.”