Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dizem, em caráter reservado, que é “zero” a chance de as eleições municipais serem adiadas apenas no Rio Grande do Sul, em razão das enchentes que assolaram praticamente todo o território do Estado desde o fim de abril.
Segundo ministros ouvidos pelo blog de Vera Magalhães, apenas condições que inviabilizassem a realização da votação poderiam justificar o adiamento do pleito. Eles argumentam que a votação acontece em menos de cinco meses, e não seria possível tomar essa decisão neste momento.
Haveria, ainda, impedimentos de ordem jurídica, uma vez que adiar o pleito significaria prorrogar mandatos dos atuais prefeitos. Diante do argumento de que o adiamento ocorreu na pandemia, os ministros dizem que foi uma decisão uniforme para todo o país, e que a Justiça Eleitoral não poderia organizar uma eleição apenas para o Rio Grande do Sul.
A ideia de discutir o adiamento do pleito foi dada pelo governador Eduardo Leite (PSDB) em entrevista ao O Globo. Ele disse que a troca de administradores em meio à reconstrução das cidades poderia levar a perda de efetividade nas políticas públicas, além do impeditivo de se gastar energia com uma campanha em meio a tantas urgências.