O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, compareceu ao velório da juíza Ruth Bader Ginsburg na manhã desta quinta-feira (24), permanecendo em silêncio ao lado do caixão no prédio da Suprema Corte, após receber vaias e aplausos de manifestantes, conta o New York Times.
De máscara, algo incomum ao presidente, e de gravata azul, em vez da tradicional vermelha (cor do Partido Republicano), Trump parou diante do caixão, fechando os olhos por vezes. Mas o silêncio foi quebrado por vaias e gritos de manifestantes.
“Honre o desejo dela”, gritaram alguns, se referindo ao pedido de Ginsburg para que seu substituto não fosse confirmado “até um novo presidente tomar posse”. Trump anunciou que deve anunciar sua indicação neste sábado.
Outros aplaudiram e gritaram “Vote nele!”. Não ficou claro, porém, se Trump e sua esposa, Melania, que se juntou a ele, podiam ouvir o barulho, que era claramente audível na televisão. Eles ficaram por menos de dois minutos no local.
Também estavam com eles o chefe de gabinete do governo, Mark Meadows, e o conselheiro de segurança nacional, Robert C. O’Brien. Ambos usavam máscaras e baixaram a cabeça com os olhos fechados em sinal de respeito diante do caixão da juíza Ruth Bader Ginsburg, cujo corpo está sendo velado no prédio da Suprema Corte desde ontem.
Na quarta-feira, Trump disse acreditar que a eleição de 2020 terminará na Suprema Corte e, por isso, seria importante ter o quadro completo de nove magistrados, de modo a não haver risco de um empate caso o máximo tribunal do país seja obrigado a decidir o destino da votação
Em um evento na Casa Branca, ele voltou a lançar dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral, dizendo sem apresentar provas que a ampliação do voto pelo correio por causa da pandemia da Covid-19 levaria à fraude.
Trump também se recusou a confirmar que está comprometido com uma transição pacífica de poder caso seja derrotado:
— Vamos ter que ver o que vai acontecer — disse.