Diante da intenção do Brasil de abrir a região amazônica para exploração mineral, não faltam players generosos em ajudar. Nesta última sexta (30) dois movimentos internacionais do governo federal trouxeram o recado de que o Brasil deve, sim, defender sua soberania depois que o francês Emmanuel Macron sugeriu a criação de um estatuto internacional para a Amazônia.
O primeiro foi a reunião do chanceler e do candidato a embaixador, Eduardo Bolsonaro, com Donald Trump, na Casa Branca. O segundo foi o telefone da premiê alemã Angela Merkel ao presidente Jair Bolsonaro. Tanto o norte-americano, em maior escala, quanto a alemã oferecem apoio a Bolsonaro na crise ambiental de repercussão internacional.
“Todos os líderes que tentarem subjugar a soberania nacional encontrarão problemas não só com Brasil mas também com os Estados Unidos”, disse Eduardo após reunião com Trump, em que estiveram presentes também, além de Ernesto Araújo, o secretário de Estado, Mike Pompeo, e Jared Kushner, assessor e genro de Trump. Já sobre a conversa com Merkel, Bolsonaro “ratificou” posição de não cogitar qualquer discussão sobre soberania do Brasil sobre a floresta, “bem como sobre a governança de eventuais recursos e apoios que possam ser concedidos ao Brasil”. Segundo ele, “a alemã reafirmou a soberania brasileira na nossa região amazônica”.